Zohar - O Segredo da Revelação - Academia de Cabala Bnei Baruch

<- Voltar Vídeos

Zohar - O Segredo da Revelação

August 30

11:52 AM

O Livro do Zohar é tanto o livro mais misterioso quanto o mais significativo da Cabala. Nos últimos anos, tornou-se cada vez mais claro que, embora tenha sido escrito há dezenove séculos, o seu verdadeiro propósito é para o nosso tempo. Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam) revelou sua sabedoria para nós, reacendendo o que há muito tempo estava esquecido nos nossos corações. Este filme foi produzido pela Academia de Cabala do Bnei Baruch.

RESUMO FEEDBACK TRANSCRIÇÃO CRONOLOGIA BAIXAR

Esteve escondido por centenas de anos, longe dos olhos humanos. O Livro do Zohar.

Eles estavam a pensar em nós enquanto escreviam. Em nós.

2º Século EC.

A pequena Judeia geme sob o domínio de Roma. O segundo Templo, a fundação da nação judaica, está em ruínas. E ainda assim, o espírito judaico é forte.

Os guerreiros de Bar Kochva batalharam de forma corajosa e feroz.

O poderoso exército romano que conquistou metade do mundo de repente descobre que é impotente contra eles. Mas, eventualmente, é muito poderoso.

A revolta é brutalmente reprimida. E para quebrar completamente o espírito das pessoas, ordenam a execução do grande Professor, Rabino Akiva.

Ele passa seus últimos dias na companhia de seus cinco discípulos, cinco de milhares.

Ele tinha uma escola enorme.

24.000 dos alunos do Rabino Akiva são mortos devido ao ódio infundado.

Eles caíram do nível de amor mútuo em um mundo obscuro de inveja, orgulho e egoísmo. E desaparecem.

Rabino Akiva sabe que está prestes a morrer, e dá sua última lição aos discípulos restantes. Rabino Shimon Bar Yochai, Rashbi, é um deles.

Rashbi era um grande sábio com uma conexão especial com o Criador, mas, na verdade, ele queria apenas uma coisa: elevar este mundo com todos os seus problemas e sofrimentos a um estado de perfeição, harmonia e amor ao Criador. E é por isso que os romanos o temiam. Ele irradiava o espírito de liberdade.

Primeiro eles executaram o seu mestre, Rabino Akiva, e logo depois vieram atrás dele, Rashbi, para matá-lo e ao seu filho Eliezer. Mas já era tarde demais.

Ambos, pai e filho, desapareceram nas montanhas e florestas da Alta Galiléia.

É aqui que a história sobre o Livro do Zohar começa.

No norte da terra de Israel, entre florestas e caminhos montanhosos, perto da vila de Peki’in. Ali se esconde uma pequena caverna. Mal cabiam duas pessoas.

Esta caverna tornou-se o refúgio do Rabino Shimon e seu filho Eliezer por 13 anos.

Para sobreviver, comeram da alfarrobeira e beberam água de um riacho próximo.

No entanto, o seu sustento principal era espiritual.

Precisamente nessa caverna escura e húmida, eles descobrem a harmonia do universo. O amor unificador que reina sobre o mundo. O Criador.

Eles perceberam que o propósito da vida de cada pessoa neste planeta é revelar o Criador.

Além disso, perceberam que tinham uma missão pessoal especial: escrever um livro que descrevesse cada passo do caminho ao Criador. Como uma pessoa pode alcançar a força superior da natureza.

Agora, como poderia ser que dois fugitivos que escaparam da execução deveriam escrever um livro?

Então, inesperadamente, César, o imperador romano, morreu. Logo depois, informaram Rabino Shimon e Rabino Eliezer que sua execução foi cancelada.

Finalmente, puderam deixar a caverna. Saíram dela com um único pensamento: o livro tinha que ser escrito imediatamente. E havia um bom motivo para isso.

Seu povo estava prestes a entrar num exílio de 2.000 anos, e o Livro do Zohar precisava de estar pronto antes disso.

O Livro do Zohar seria escrito aqui mesmo nesta caverna pelo Rabino Shimon e os seus nove discípulos. Mas primeiro eles tinham que entrar na caverna.

Não parece algo de grande importância. Por que eles não podiam simplesmente começar a escrever se era isso que deveriam fazer?

Mas havia uma condição estrita. O livro precisava de ser escrito de um único coração.

Significava que dez Cabalistas precisavam de se tornar como um único autor.

Como poderiam fazer isso? Eles deveriam assinar algum tipo de pacto?

Como poderiam esmagar seus egos e orgulhos individuais, para se fundirem num só?

E ainda assim, era de fato uma condição estrita.

Imagine, era a mesma condição que o povo de Israel recebeu quando a Torá lhes foi dada no Monte Sinai.

E então Rashbi e os seus discípulos precisaram de a cumprir.

Sabendo que tinham a missão de escrever o livro sagrado, e o que se esperava deles no processo, eles assinaram um pacto de irmandade.

Após assinarem o pacto, eles entraram na caverna. Era como se tivessem entrado no espaço sideral. E cada um deles tinha um papel específico nesta missão.

Estes são os nomes dos autores do Livro do Zohar:

Rabino Shimon Bar Yochai
Rabino Eliezer,
Rabino Yossi Bar Yaakov,
Rabino Aba,
Rabino Yehuda,
Rabino Itzhak,
Rabino Hezekiah,
Rabino Hiya,
Rabino Yossi,
e Rabino Isa.

Não é surpreendente que, para escrever o livro, eles tivessem que se preparar minuciosamente. Até mesmo escrever a primeira letra, colocar a pena no pergaminho, levava horas, dias e meses de preparação.

E eles escreveram no Livro do Zohar, “Quão bom e quão agradável é para os irmãos viverem juntos em unidade.” De fato, no início todos se sentiam como irmãos.

“Estes são os amigos, quando se sentam juntos e não se separam uns dos outros.”

E de repente...

Primeiro, eles parecem pessoas em guerra, desejando matar-se. Num minuto eram irmãos que se amavam e se entendiam, e então de repente odiavam-se tanto que estavam prontos para destruir-se mutuamente.

Como isso é possível? É precisamente por isso que assinaram o pacto de irmandade, para se lembrarem dele nos tempos sombrios do ódio.

Rashbi sabia. Todos eles sabiam. Para escrever o Livro do Zohar, eles tiveram que enfrentar o abismo que os dividia, que os despedaçava e que os transformava em inimigos uns dos outros. E a razão é que eles tiveram que passar por tudo aquilo que o mundo passará no futuro. Eles tiveram que experienciar o ódio, senti-lo até aos ossos para se elevarem acima dele. E regressarem ao amor fraternal.

“Então eles regressaram ao amor fraterno.” Mas não aconteceu de imediato. Eles já sabiam Quem incitava o ódio e por que Ele fazia isso. Então, viraram-se para Ele, para o Criador, e pediram ajuda.

“O Criador ouve suas palavras e tem satisfação e prazer com eles.”

O Criador cobre todos os crimes com amor.

Foi assim que o Criador se revelou a eles como a força que os uniu. Isso deu-lhes a força para escrever.

Os autores do Livro do Zohar escreveram-no apenas quando se elevaram das suas descidas. Acima do abismo que os separava. Só então a pena tocou o pergaminho e as letras e palavras emergiram. As linhas mágicas do livro divino.

“A sabedoria que se deve conhecer... Para conhecer e observar o segredo da alma. O que é a alma dentro dele? De onde ela vem e por que entra neste corpo, que é uma gota imunda que está aqui hoje e amanhã no túmulo? Para conhecer o mundo em que se está, e qual a razão para a correção do mundo. Para contemplar os sublimes segredos do mundo superior e conhecer seu mestre. E cumpre-se tudo isso a partir dos segredos da Torá.”

Eles escreviam do auge do amor, do auge da percepção completa do Criador. Não era possível escrever de outra forma. A energia, a força unificadora que eles colocaram no Livro do Zohar pode unificar o que não pode ser unificado.

Eles estavam a pensar em nós enquanto escreviam. Nós. Pessoas de hoje que lutam e se odeiam, eles sabiam que o nosso tempo seria um tempo de guerras sem fim, onde parentes se tornariam inimigos e o ódio dominaria o mundo.

Eles sabiam que tentaríamos parar o declínio, mas falharíamos, cairíamos em desespero e finalmente pediríamos ajuda. Então chegaria o momento para o Livro do Zohar. Foi concebido como um manual de instruções sobre como se elevar acima do mal.

Mas até chegarmos a um beco sem saída, o livro não pode ser revelado. Até que percebamos que somos escravos de nossos egos e queremos escapar dessa escravidão, o livro precisa de ficar escondido. Por isso, escolheram o Rabino Aba para escrever o livro.

Apenas Rabino Aba sabia como ocultar o conhecimento espiritual para que não fosse usado antes do tempo. Rabino Aba fez seu trabalho de ocultar o poder espiritual. Os pergaminhos nos quais o livro foi escrito foram bem escondidos pelos seus autores. Foi escondido por centenas de anos, longe dos olhos humanos, esperando pelo momento de sua revelação.

Então, de repente, começou a aparecer em diferentes lugares ao redor do mundo. Alguns de seus pergaminhos apareceriam no mercado oriental em Jerusalém no século IX e na Espanha no século XII, e depois em Safed, Istambul, Egito e Praga 2.000 anos depois.

O Livro do Zohar chegou às mãos do grande Cabalista Yehuda Ashlag, que escreveu um comentário completo sobre ele. Ele o chamou-lhe "O Comentário Sulam".

Sulam significa 'escada' em hebraico, como uma escada que leva à luz que preenche o livro. Ele explicou como usar seu poder.

Cabalistas estabeleceram quatro condições.

1. A primeira condição:

Não tente entender o Zohar através do intelecto. Lemos o Zohar com o coração. Não se destina ao conhecimento intelectual. Destina-se a ajudar-nos a mudar.

2. A segunda condição:

O livro do Zohar não é sobre este mundo. As histórias do Zohar não são histórias, e seus nomes não são nomes de pessoas, lugares ou coisas. O Zohar escreve sobre os estados interiores pelos quais passamos quando vivenciamos o livro de dentro.

3. A terceira condição:

O Zohar contém a luz que nos transforma - se quisermos mudar. Se não quisermos ser queimados pelo nosso próprio ódio, e se não quisermos ser controlados pelos nossos egos, então, de acordo com o nível desse anseio, quando lemos o livro, atraímos a luz contida nele e ela purifica a nossa alma.

4. A quarta condição:

Como um só homem com um só coração.

Foi assim que dez Cabalistas escreveram o Livro do Zohar e devemos lê-lo da mesma forma.

Então, o que estamos à espera? Qual a nossa esperança? Aqui está. O Livro do Zohar.

Está bem na nossa frente. Vamos abri-lo e conectar-nos ao poder secreto que habita dentro. Sentiremos o que eles sentiram. Felicidade, unidade e adesão à Força Superior.

É disso que se trata o Livro do Zohar. Este é o seu segredo. Hoje estamos prontos para descobri-lo.