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Rabash

Artigos
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Estas Velas São Sagradas O Que Significa "Entregaste os Fortes Nas Mãos dos Fracos" no Trabalho Espiritual? 1991 - 25 | O que Significa que Aquele que Se Arrepende Deve Fazê-lo em Alegria? 1991 - 27 | O que Significa no Trabalho: “Se a Mulher Conceber Primeiro, Dará à Luz um Filho”? O que significa no trabalho: 'Coma dos seus frutos neste mundo, e o principal permanece para o Mundo Vindouro'? O Que Significa no Trabalho “Torá” e “O Estatuto da Torá”

Michael Laitman

Biblioteca de Cabala "Principal" / Rabash / Artigos / 1985 - 09 | E as Crianças Debatiam-se Dentro Dela

E as Crianças Debatiam-se Dentro Dela


Artigo Nº 9, 1985
“E os filhos debatiam dentro dela.” Segundo a interpretação de RASHI, “Os nossos sábios explicaram que se trata de correr; quando ela passava pelas portas da Torá de Shem e Ever, Jacob corria e agitava-se para sair. Quando passava pelas portas da idolatria, Esaú agitava-se para sair.”
Baal HaSulam disse que esta é a ordem do trabalho. O início do trabalho chama-se Ibur [conceção], quando a pessoa começa a trabalhar no caminho da verdade. Quando passa pelas portas da Torá, o Jacob nela desperta e deseja seguir o caminho da Torá. Quando passa pelas portas da idolatria, o Esaú nela desperta para sair.
Devemos interpretar as suas palavras. O homem é, por natureza, composto por Kelim [Vasos] de receção, chamados “amor-próprio”, que é a inclinação ao mal, e também por um ponto no coração, que é a sua boa inclinação. Quando começa a trabalhar na doação, isso é considerado Ibur, da palavra Avra [passou]. Por isso, ele experiencia subidas e descidas e é instável. É influenciado pelo ambiente e incapaz de superar.
Por esta razão, quando a pessoa se muda para um ambiente onde as pessoas se dedicam a um trabalho que nos é alheio, ou seja, alheio ao amor-próprio, o amor-próprio na pessoa desperta e passa do oculto ao revelado, assumindo o controlo sobre o corpo. Nesse momento, a pessoa é incapaz de fazer qualquer coisa exceto aquilo que diz respeito ao seu recetor.
Quando passa por um ambiente onde as pessoas se dedicam ao trabalho de doação, o Jacob nela desperta e passa do oculto ao revelado. Nesse momento, as ações de doação governam o corpo. Ou seja, nesse instante, quando ele olha para trás e vê como, antes de alcançar o estado em que se encontra, estava tão imerso no amor-próprio, ele não consegue compreender como alguém pode estar tão baixo e extrair satisfação de coisas tão básicas que não são apropriadas para um adulto construir a sua casa entre desejos e pensamentos baixos e desprezíveis. Ele sente-se insultado por esses desejos e pensamentos onde outrora estava a sua casa.
Mas depois, quando passa pelas portas da idolatria, ou seja, quando chega a um ambiente que se dedica ao amor-próprio, o Esaú nela desperta novamente e agita-se para sair. Isso continua no trabalhador repetidamente, dia após dia. Aquele que trabalha mais arduamente pode passar por esses estados mutáveis a cada hora.
“E ela disse: ‘Se é assim, porque eu?’ E foi inquirir ao Senhor.” RASHI interpreta “E foi inquirir” como o seminário de Shem, para inquirir ao Senhor de modo a que Ele lhe dissesse o que seria dela. E qual foi a resposta? O versículo diz: “O Senhor disse-lhe: ‘Duas nações estão no teu ventre, e dois povos serão separadas do teu abdómen, e um será mais forte que o outro, e o mais velho vai servir o mais novo.’” RASHI interpreta “um será mais forte que o outro” significando que não terão igual grandeza; quando um se eleva, o outro cai. Ele também diz: “Ela está devastada; Tzor só é preenchida pela ruína de Jerusalém.”
Para compreender a resposta do Criador lhe deu, como está escrito, “O Senhor disse-lhe”, precisamos de explicar que foi dito que estas duas forças devem existir, pois é sabido que a criatura é o Kli [Vaso] de receção, chamado Esaú. Mas depois surge a segunda força, chamada Jacob, que é o desejo de doar. Cada uma quer reinar sozinha, e esta é a luta entre Esaú e Jacob.
É por isso que RASHI interpretou: “Quando um se eleva, o outro cai; Tzor foi preenchida apenas pela ruína de Jerusalém.” Ou seja, foi-lhe dito que devemos saber claramente: ou governa o desejo de receber, ou governa o desejo de doar. Não podem coexistir ambas. Portanto, devemos decidir de uma vez por todas que não vale a pena permanecer em pensamentos e desejos abomináveis e baixos.
Então, quando a pessoa vê que não consegue superar o seu desejo de receber, isso é considerado como ver que ele não é nada, que não tem valor, exceto que, nesse momento, ele percebe que, embora já tenha compreendido que o desejo de receber é o que causa prejuízo, ainda assim não a consegue superar. É exatamente por isso que, nesse momento, ele vê que precisa da misericórdia dos céus, que sem a ajuda do Criador é impossível sair do domínio do desejo de receber.
Este é o significado do que os nossos sábios disseram (Kidushin 30): “A inclinação do homem vence-o todos os dias. Se não fosse a ajuda do Criador, ele não a poderia superar.” Isto aplica-se especificamente a quem começou o trabalho e fez tudo o que podia. Nesse momento, ele não precisa de acreditar que apenas o Criador o pode ajudar, porque agora vê que não há tática ou estratagema que não tenha tentado, e nada o ajudou. Apenas o Criador o ajudou.
Só então ele pode compreender que apenas o Criador ajuda. Assim, qual é a diferença entre ele e outro? Como Ele o ajudou, também pode ajudar os outros. Por esta razão, não há motivo para se orgulhar acima dos outros, uma vez que não é a sua força. Mas aqueles que não começaram o trabalho sagrado, que consiste apenas em doar e não em receber, não veem que apenas o Criador os ajudou. Em vez disso, dizem: “A minha força e o poder da minha mão fizeram esta riqueza.” Naturalmente, têm algo com que se vangloriar perante outros que não trabalham como eles.
Nesse momento, conclui-se que a diferença entre o bom e o mau não é tão grande, uma vez que o seu bem também está construído sobre a base do amor-próprio. E embora ele se dedique à Torá e às Mitzvot [mandamentos], a luta entre Jacob e Esaú ainda não é evidente nesse momento, e, naturalmente, ele não precisa de ajuda do Alto para o salvar do desejo de receber, ter misericórdia dele e dar-lhe o Kli [Vaso] do desejo de doar, uma vez que ele vê que, por natureza, não consegue trabalhar para doar.
Isto acontece porque ele não pensa que é necessário trabalhar na Torá e nas Mitzvot para ser recompensado com Dvekut [adesão] com o Criador, e a questão da doação não lhe interessa de todo. Portanto, não se pode dizer que, quando um se eleva, o outro cai.
Contudo, quando a pessoa deseja seguir o caminho da doação, é quando começa a questão da “luta”. Depois, deve fazer tudo o que puder, e então chega a um estado em que vê a verdade, que não pode ajudar-se a si próprio. Depois, percebe que não tem escolha e que precisa da misericórdia dos céus. Então, as palavras dos nossos sábios, “Aquele que vem para se purificar é auxiliado”, tornam-se realidade.
Devemos compreender o que nos vem dizer “E o mais velho vai servir o mais novo”. Devemos interpretar que não basta que ele tenha sido recompensado com a governação da inclinação ao bem, e a inclinação ao mal ser impotente para lhe resistir, o que é considerado como ser capaz de servir o Criador apenas com a inclinação ao bem. Pelo contrário, é necessário alcançar o nível de plenitude, como disseram os nossos sábios: “‘E vais amar o Senhor teu Deus com todo o teu coração,’ com ambas as tuas inclinações”, onde a inclinação ao mal também é usada para servir o Criador. Isto só pode ser interpretado de forma que, primeiro, precisamos de saber o que é a inclinação ao mal.
Devemos saber que a essência do mal em nós é o desejo de receber, do qual provêm todas as coisas más, nomeadamente pensamentos e desejos maus. O desejo de doar traz-nos todas as coisas boas, que são os nossos pensamentos e desejos bons. Portanto, quando a inclinação ao bem governa a pessoa, ou seja, o desejo de doar, a abundância superior derrama-se sobre nós desde o Alto, o que significa que, por esta razão, a abundância de Hassadim [misericórdia] vem do Alto.
Contudo, devemos saber que isto é apenas a correção da criação. Ou seja, para ter equivalência de forma, devemos direcionar tudo para o Criador, de modo a termos equivalência de forma, chamada Dvekut [adesão] com o Criador. No entanto, o propósito da criação é fazer o bem às Suas criaturas, o que significa que os inferiores recebem deleite e prazer do Criador, e não que Lhe doem contentamento, como se o Criador precisasse que os inferiores Lhe dessem algo.
Portanto, quando as criaturas desejam receber algo do Criador, devem usar os seus Kelim [Vasos] de receção, que é a inclinação ao mal. Caso contrário, quem vai receber o prazer? O recetor do prazer é apenas o anseio por essa coisa. O anseio por prazeres é chamado “desejo de receber”. Conclui-se que, nesse momento, a pessoa deve usar a inclinação ao mal, mas aplicando uma correção, chamada “para doar”. Conclui-se que, então, ela serve o Criador também com a inclinação ao mal.
A inclinação ao mal é chamada “mais velha” porque nasceu primeiro. Da mesma forma, quando a pessoa nasce, a inclinação ao mal vem primeiro, e a inclinação ao bem surge após treze anos. Portanto, quando a pessoa trabalha com o desejo de receber para doar, considera-se que ela ama o Criador com todo o seu coração, ou seja, com ambas as suas inclinações. Este é o significado do versículo, “e o mais velho vai servir o mais novo”, o que significa que o desejo de receber, chamado “mais velho”, vai servir o mais novo, ou seja, vai servir o desejo de doar ao Criador.
Conclui-se que o desejo de doar será o governante. Por vezes, o desejo de doar usa Kelim [Vasos] de doação, chamados “Kelim [Vasos] de Jacob”, e então é considerado como servir o Criador com a inclinação ao bem. Por vezes, usa os Kelim [Vasos] de receção, e então é considerado como servir o Criador também com a inclinação ao mal. Tudo isto lhe foi dito no seminário de Shem, como está escrito, “O Senhor disse-lhe”.
Por isto será possível compreender o que Ben Zoma disse (Avot deRabbi Natan, Capítulo 23), “Quem é o herói dos heróis? Aquele que transforma o seu inimigo em amigo.” Em Masechet Avot (Capítulo 4), “Ben Zoma diz, ‘Quem é um herói? Aquele que conquista a sua inclinação.’”
Devemos compreender a diferença entre chamar “herói” quando ele diz, “Quem é um herói? Aquele que conquista a sua inclinação”, e a interpretação que ele dá a “herói dos heróis”, quando diz “Aquele que transforma o seu inimigo em amigo.”
De acordo com o acima exposto, devemos interpretar as palavras de Ben Zoma, que um herói significa “e um povo será mais forte que o outro”, como RASHI interpretou, “Quando um se eleva, o outro cai.” Isto é chamado um “herói”, que submeteu o mal em si, e apenas a boa inclinação controla, o que significa que ele está a servir o Criador apenas com a inclinação ao bem.
Um “herói dos heróis” é considerado como “e o mais velho vai servir o mais novo.” Isto significa que o “mais velho”, ou seja, o mal nele, “vai servir o mais novo”, nomeadamente, vai servir o desejo de doar. Nesse momento, ele vai estar a servir o Criador também com a inclinação ao mal, e então cumpre o versículo, “Com todo o teu coração”, ou seja, com ambas as tuas inclinações.