205. A Sabedoria Clama nas Ruas
Eu ouvi no ano de 1938
“A sabedoria clama nas ruas, faz ouvir a sua voz nas praças. Aquele que é insensato, que venha aqui; ‘Sem coração!’, disse-lhe ela.” Isto significa que, quando a pessoa é agraciado com Dvekut [adesão] ao Criador, a Shechina [Divindade] diz-lhe que o facto de primeiro ter havido necessidade de ser insensato isso não se deve a que realmente o fosse. A razão disso era que lhe faltava o coração. Por isso, dizemos: “E todos creem que Ele é um Deus de fé.”
Isto significa que, mais tarde, quando somos recompensados com a verdadeira Dvekut [adesão], já não é considerado um insensato, ao ponto de se dizer que está acima da razão. Pelo contrário, a pessoa deve trabalhar e acreditar que o próprio trabalho está acima da razão, mesmo que os sentidos lhe digam que o trabalho está dentro da razão. Ocorre o oposto: anteriormente, via que a razão não obrigava à servitude, e então tinha de trabalhar acima da razão e afirmar que nele havia uma razão autêntica. Isto significa que acredita que a servitude é a verdadeira realidade.
Depois, dá-se o inverso: é obrigado por toda a obra do Criador, a sua razão. Ou seja, a Dvekut [Adesão] compele a pessoa a trabalhar. Contudo, acredita que tudo o que vê dentro da razão é, na verdade, acima da razão. E não era assim antes, quando tudo o que estava na forma de acima da razão se encontrava dentro da razão.