156. Para Que Não Tomasse da Árvore da Vida
Eu ouvi no 15 de Shevat
"Para que não tomasse da árvore da vida, comesse e vivesse para sempre." Baal HaSulam interpretou que talvez ele tomasse dos ‘Hassadim [Misericórdia] cobertos’, considerados do nível do Chazeh (peito) e acima. Pois nesse nível há uma suficiência completa, e através disso o pecado da árvore do conhecimento, considerado do Chazeh para baixo, não seria corrigido. Conclui-se, então, que a Árvore da Vida é chamada do Chazeh para cima, onde existem os ‘Hassadim [Misericórdia] cobertos’. E eu penso que, com base nisso, podemos interpretar quando dizemos “uma vida com temor do Céu e uma vida com temor do pecado”.
A diferença entre ambas, segundo a explicação de Baal HaSulam, é que o que a pessoa tira da vida é por temor ao pecado, ou seja, fá-lo porque não tem alternativa. Mas o ‘temor do Céu’ implica que a pessoa tem outras opções. Ou seja, mesmo que a pessoa não tome este discernimento, ainda assim não vai pecar; mas ainda assim a sua escolha é devida ao temor do Criador.
Desta forma, não podemos dizer que os ‘Hassadim [Misericórdia] cobertos’ são considerados Katnut (pequeno/infância), pois isso apenas se aplica quando não há outra escolha. Porém, quando alcança os ‘Hassadim [Misericórdia] revelados’ – correspondentes ao discernimento de Rachel –, então o discernimento de Leah (que são os ‘Hassadim [Misericórdia] cobertos’) é considerado GAR e Gadlut (idade adulta/maturidade).
Isto é chamado “temor do Céu”: ele possui os ‘Hassadim [Misericórdia] revelados’, mas ainda assim escolhe os ‘Hassadim [Misericórdia] cobertos’. Assim, há dois tipos de ‘Hassadim [Misericórdia] cobertos’: 1) Quando não possui a qualidade de Rachel, sendo então chamado VAK; 2) Quando possui a qualidade de Rachel, então é chamado Leah, GAR.