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Biblioteca de Cabala "Principal" / Michael Laitman / Livros / Cabala Revelada / Capítulo 6: O Caminho (Estreito) para a Liberdade

A Escuridão Antes da Aurora
 momento mais escuro da noite é imediatamente antes da aurora. Da mesma forma, os autores do Livro do Zohar afirmaram, há quase 2.000 anos, que o momento mais sombrio da humanidade viria imediatamente antes do seu despertar espiritual. Durante séculos, começando com o Ari, autor da Árvore da Vida, que …
Conhece os Teus Limites
Uma Antiga Oração: Senhor, concede-me a força para mudar o que posso mudar, a coragem para aceitar o que não posso mudar e a sabedoria para distinguir entre ambos. Aos nossos próprios olhos, somos indivíduos únicos e independentes. Este é um traço comum a todas as pessoas. Pensem nos séculos …
Quatro Factores
Mas se somos apenas produtos do nosso ambiente, e se não há verdadeira liberdade no que fazemos, no que pensamos e no que queremos, podemos ser responsabilizados pelas nossas ações? E se não somos responsáveis por elas, quem é? Para responder a estas perguntas, devemos primeiro compreender os quatro fatores …
Escolher o Ambiente Certo para a Correção
Embora não possamos determinar os atributos da nossa base, ainda podemos afetar as nossas vidas e o nosso destino ao escolher os nossos ambientes sociais. Ou seja, como o ambiente afeta os atributos da base, podemos determinar o nosso próprio futuro ao construir os nossos ambientes de forma a promover …
A Inevitável Morte do Ego
Nenhum desejo ou qualidade é naturalmente mau; é a forma como os usamos que os torna assim. Os antigos cabalistas já diziam: “A inveja, a cobiça e a busca de honra tiram o homem deste mundo”, ou seja, deste mundo para o mundo espiritual. Como assim? Já vimos que a …
Implementar o Livre Arbítrio
O primeiro princípio no trabalho espiritual é “a fé acima da razão”. Antes de falarmos sobre como implementar a livre escolha, devemos explicar os significados cabalísticos de “fé” e “razão”. Fé Em quase todas as religiões e sistemas de crenças na Terra, a fé é usada como um meio para …
Resumindo
Tudo o que fazemos na vida é determinado pelo princípio do prazer e da dor: fugimos da dor e perseguimos o prazer. E quanto menos tivermos de trabalhar pelo prazer, melhor. O princípio do prazer e da dor é ditado pelo desejo de receber, e o desejo de receber controla …

Pode surpreender-vos, mas já conhecem bastante sobre a Cabala. Voltem atrás e recordemos. Sabem que a Cabala teve início há cerca de 5.000 anos na Mesopotâmia (atual Iraque). Foi descoberta quando as pessoas procuravam o propósito das suas vidas. Essas pessoas descobriram que a razão pela qual todos nascemos é receber o prazer supremo de nos tornarmos semelhantes ao Criador. Quando o descobriram, formaram grupos de estudo e começaram a divulgar a mensagem.
Os primeiros cabalistas ensinaram-nos que tudo o que nos constitui é um desejo de receber prazer, que eles dividiram em cinco níveis: inanimado, vegetativo, animal, falante e espiritual. O desejo de receber é extremamente importante, pois é o motor de tudo o que fazemos neste mundo. Ou seja, estamos sempre a tentar receber prazer, e quanto mais temos, mais desejamos. Como resultado, estamos constantemente a evoluir e a transformar-nos.
Mais tarde, aprendemos que a Criação foi formada num processo de quatro fases, onde a Raiz (sinónimo da Luz e do Criador) criou o desejo de receber; o desejo de receber quis doar, depois decidiu receber como forma de doar e, por fim, quis receber novamente. Mas, desta vez, quis receber o conhecimento de como ser o Criador, o Doador.
Após as quatro fases, o desejo de receber foi dividido em cinco mundos e uma alma, chamada Adam ha Rishon. Adam ha Rishon fragmentou-se e materializou-se no nosso mundo. Ou seja, todos nós somos, na verdade, uma única alma, interligada e dependente uns dos outros, tal como as células de um corpo. Mas quando o desejo de receber cresceu, tornamo-nos mais egocêntricos e deixámos de sentir que éramos um só. Hoje, apenas sentimos o nosso próprio eu, e mesmo quando nos relacionamos com os outros, fazemo-lo para receber prazer através deles.
Este estado egoísta é chamado “a alma estilhaçada de Adam ha Rishon”, e é nossa tarefa, enquanto partes dessa alma, corrigi-la. Na verdade, não temos de a corrigir, mas precisamos de tomar consciência de que não podemos sentir verdadeiro prazer no nosso estado atual devido à lei do desejo de receber: “Quando temos o que queremos, já não o desejamos.” Quando compreendermos isso, começaremos a procurar uma saída para a armadilha desta lei, a armadilha do egoísmo.
A busca pela libertação do ego conduz ao surgimento do “ponto no coração”, o desejo pela espiritualidade. O “ponto no coração” é como qualquer desejo; ele cresce ou diminui sob a influência do ambiente. Assim, se quisermos aumentar o nosso desejo pela espiritualidade, precisamos de criar um ambiente que promova a espiritualidade. Este último (mas o mais importante) capítulo do nosso livro abordará o que deve ser feito para criar um ambiente que apoie a espiritualidade a nível pessoal, social e internacional.