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Génesis, 23:1-25:18
 

Glossário - Chayei Sarah
Glossário - Chayei Sarah

Resumindo

Na porção A Vida de Sara, Abraão faz uma homenagem após a morte de Sara, aos 127 anos. Ele compra um terreno a Efrom o Hitita, para o túmulo, por quatrocentos shekels de prata e enterrou-a na Caverna de Machpelah, em Hebrom.
Abraão opõe-se ao casamento de Isaac com uma mulher dos Canaanitas e envia Eliezer, o seu servo, a Aram Naharaim para encontrar uma esposa para seu filho. Quando Eliezer se aproxima de um poço, ele encontra Rebeca e pede-lhe água. Ela não só lhe dá água, como também oferece água aos seus camelos. Eliezer vê esse gesto como um sinal de que ela é a mulher certa para Isaac e leva-a então para Canaã.
Após a morte de Sara, Abraão casa-se com Quetura, que lhe dá seis filhos, que ele envia para o leste. Abraão morre aos 175 anos e deixa toda a sua herança para Isaac.
O final da porção elabora sobre as gerações de Ismael e sobre sua morte, também aos 175 anos.

Comentário do Dr. Michael Laitman

Precisamos de nos lembrar que a Torá fala sobre o que acontece dentro de nós, à medida que cada um revela a sua alma, a parte mais interna. A revelação da alma é gradual e manifesta-se nas histórias da Torá. Abraão representa a força inicial com a qual a pessoa revela a alma e abre a interioridade para descobrir o mundo superior. Ele é a primeira força de superação, a força de doação, junto com a sua contraparte feminina, Sara, que é adequada ao nível de Abraão.
Para saber com quais desejos podemos trabalhar e com quais não, devemos separar os nossos desejos egoístas, deixando os estágios com os quais ainda não podemos lidar para os próximos níveis, para estados onde o desejo é mais forte. Para examinar o desejo chamado Isaac, é necessário primeiro remover o desejo com o qual ainda não podemos trabalhar e separá-lo com outra parte feminina, com Hagar, da qual advém Ismael, a Klipa (casca/pele) da linha direita.
O nível de Isaac dentro de nós emerge depois e é uma extensão do nível de Abraão. Está escrito sobre Isaac: “Pois a sua descendência será chamada de Isaac” (Génesis, 21:12), significando que a ascensão de Abraão a um nível superior é chamada de Isaac. No estágio de Isaac, deve reexaminar-se os próprios desejos e separar com quais desejos é possível trabalhar e com quais não.
A pessoa não consegue fazer este escrutínio sozinha, pois essa pessoa (Abraão) vem apenas de uma força, de um lado, da força de Hesed (misericórdia). Abraão ainda está sem Gevura e deve primeiro adquirir o nível de Isaac, que é a fundação de Gevura. É nesse ponto que a força de Eliezer vem auxiliar. Eliezer age como a luz superior, examinando os desejos para a pessoa, conduzindo-a ao nível em que é possível separar o próximo estágio de correção no meio de todos os seus desejos. Esse estágio é chamado de Rebeca.
Fazendo a avaliação pelos sinais superficiais, como o acontecimento dos camelos, parece que Rebeca possui a força de Bina. A sua força não consiste apenas em Kelim (vasos) de Galgalta ve Eynaim, mas também em Kelim de AHP, vasos de recepção, o que permite que ela dê de beber aos camelos. Isso significa que é possível continuar progredindo com ela e seguir com a correção da alma, o desvelar da alma. Por isso se diz que, através da força de Eliezer, Abraão conseguiu encontrar a força de superação adequada para Isaac, e essa força é a força de recepção chamada Rebeca. Ela é quem vai formar o próximo estágio, o próximo nível que vai ser construído.
Após Abraão e Sara, o próximo estágio é Isaac e Rebeca. Isaac também leva Rebeca para a terra de Canaã e não a deixa em Aram Naharaim.
Depois de Isaac, Abraão realiza escrutínios adicionais com Quetura e os seis filhos, que ele envia para a terra do leste.
Cada vez que examinamos os nossos desejos, esse escrutínio ocorre em vários estágios. Podemos usar alguns dos desejos para doar, alcançar o amor ao próximo. Outros desejos são "colocados em espera" e evitamos usá-los. Ao invés, usamos outra parte dos desejos de uma forma que a correção deles preceda as correções reais. Esses são os filhos das concubinas.
No final dos dias, ou seja, nos dias atuais, podemos ver que tudo está a voltar àquela força chamada Abraão, que está a despertar em nós. Estamos a corrigir na humanidade os Kelim que foram separados dos filhos de Israel, e os Kelim das nações do mundo, entre os quais estão as dez tribos (que também têm sua influência) e os filhos das concubinas. Também vamos perceber que, ao longo da história, o mundo tem passado por um processo de correções.
A pessoa percebe que os desejos que despertam para correção na alma são apenas uma semente que foi plantada em gerações anteriores, em estados anteriores, e que agora estão a ser corrigidos. Passamos por acontecimentos na vida que nos remetem a estados passados e que nos ajudam a compreender a novidade e a singularidade do tempo presente, bem como a forma como devemos nos relacionar com ele.
O estágio de Abraão vive no desejo conhecido como Sara (em homenagem ao qual a porção é nomeada) e examina-o. Assim que o estágio de Abraão é escrutinado, chega o fim do nível — a morte de Abraão, a morte de Sara e a Caverna de Machpelah.
Estes são os elementos mais importantes porque todas as nossas correções até ao fim da correção estão incluídas numa correção especial conhecida como Tzimtzum Bet (segunda restrição). Há duas restrições sobre o nosso desejo de receber, impedindo-nos de usá-lo para receber para nossos beneficio, mas apenas para doar aos outros.
Devemos viver de tal maneira que levemos uma vida normal e, ao mesmo tempo, consigamos ver mais além. Hoje, as pessoas vivem de forma diferente. Há cem ou duzentos anos, as pessoas trabalhavam e ganhavam a vida de acordo com o seu trabalho. É por isso que poucos eram ricos.
No entanto, hoje, na era dos avanços tecnológicos, produzimos e ganhamos muito mais do que o necessário para a nossa subsistência. Por isso, muitas coisas, como o turismo e as atividades de lazer, se desenvolveram. O homem continua a comprar, desperdiçando o que foi ganho, em coisas que não são necessárias para a subsistência.
Há duas restrições sobre o desejo de receber, e é por isso que atualmente estamos a vivenciar a fragmentação, a ruína da vida anterior. Chamamos isto de "crise financeira e económica global." Primeiro, precisamos de entender que devemos contentar-nos com o que ganhamos e deixar para nós apenas o que é necessário para a nossa subsistência, dando o restante para o bolo comum, para à nação, para a correção de todo o mundo. É assim que cada pessoa vai alcançar o Tzimtzum Bet (segunda restrição).
E portanto, o homem deve primeiro, evitar tirar para si próprio. Em vez disso, deve contentar-se com pouco e dar o restante ao mundo. A crise atual vai forçar-nos a entendê-lo e a progredir, e, dessa forma, passaremos pela crise de maneira fácil, agradável e rápida. Se não desejarmos compreendê-lo, vamos sentir a transição para o próximo nível como dolorosa, como já estamos a começar a sentir na crise atual, com tudo o que isso nos está a causar.
A Caverna de Machpelah simboliza a aproximação da conexão de Malchut com Bina. Toda a Malchut, a totalidade do desejo de receber, é incluída em Bina, no desejo de doar, que funciona apenas desta forma. Malchut recebe de Bina apenas o necessário para existir e agir como Bina, ou seja, em doação. Esta é a correção que teremos que realizar em toda a humanidade—alcançar a qualidade da Caverna de Machpelah.

Perguntas e Respostas

O que é uma caverna e qual é o significado da palavra Machpelah (multiplicação)?
Uma caverna é um buraco no chão, na terra. Em hebraico, a palavra Eretz (terra) vem da palavra Ratzon (desejo). Inicialmente, o nosso desejo é como está escrito: “A inclinação do coração do homem é má desde a sua juventude” (Génesis, 8:21), pois “Eu criei a inclinação ao mal” (Talmude de Jerusalém, Masechet Berachot, 27b). As correções são feitas através do “tempero” da Torá, através da luz que reforma. Se sentimos uma corrupção, uma má vontade, um estado onde cada um quer apenas para si e é indiferente aos outros, isto é o oposto do objetivo inicial — alcançar a doação aos outros. Esse estado enterra-nos verdadeiramente, e assim sentimos a necessidade de nos corrigirmos.
A correção é feita através do estudo apropriado da sabedoria da Cabala. Através dos conselhos dos cabalistas, atraímos a luz que reforma a partir do estudo, razão pela qual a sabedoria da Cabala é chamada de “lei da luz”, bem como a “interioridade da Torá” e a “Torá da verdade.”
Através do estudo adequado da sabedoria da Cabala, uma força desperta dentro da pessoa e começa a ajudar a organizar os desejos da pessoa, a sua interioridade. Extraímos tudo o que podemos de todos os desejos, paixões e qualidades com as quais nascemos, para construir uma alma, um Kli (vaso) para a sensação do mundo superior. Essa “gota de sêmen” existe em cada um de nós, e podemos abri-la, nutri-la e desenvolver nossas próprias almas a partir dela, a parte divina que existe dentro de nós. No entanto, ela está enterrada sob todos os desejos, pensamentos e problemas causados pelo nosso ego.
A Caverna de Machpelah significa que estamos a realizar duas grandes correções na transição de não receber para nós mesmos, para receber apenas para o benefício dos outros. Ou seja, toda a vida da pessoa deve ser num estado de “ama o teu próximo como a ti mesmo.”
Chama-se Machpelah porque o processo de correção ocorre em duas etapas. Primeiro, corrigimos Malchut, pois inicialmente recebemos apenas o necessário para sobreviver. Posteriormente, recebemos tudo o resto, apenas com o propósito de doar. Essencialmente, esta é toda a correção, até concluirmos a abertura e a construção de nossas almas. Abraão realizou a primeira correção, o que o elevou ao nível de Adam HaRishon. E por isso ele é chamado de “pai da nação.”

Podem as pessoas que não estudam a Cabala contentar-se apenas com o sustento básico?
Não, isso só as enganaria, pois faria com que pensassem que são justas e que não precisam de estudar. O problema é que pensamos que sabemos como realizar as correções. Mas, para corrigir, precisamos da luz que reforma, que é o que organiza os nossos desejos e nos orienta sobre o que devemos fazer.
A luz é o que nos ensina e nos guia no caminho. Se não evocarmos a força interior chamada Torá, ou seja, a instrução sobre o que fazer connosco mesmos, não saberemos como avançar. Assim, não temos outra escolha senão estudar a sabedoria da Cabala, através da qual avançamos de forma favorável. Esta é a razão pela qual esteve escondida durante séculos e por que está a ser revelada especificamente agora.

Vamos descobrir alguma vez essas forças, Sara, Abraão e Eliezer?
Claro! Vai descobrir todas essas forças dentro de si. A Nukva (feminino) correta, a mais corrigida, é Sara.

O que é um enterro, e importa onde enterramos o desejo?
Enterramos o desejo e paramos de o usar ao elevá-lo ao nível de Bina. Está escrito: “Esses são os justos, que, quando morreram, foram chamados de ‘vivos’” (Talmude Babilônico, Masechet Berachot, 18a). Ou seja, quando enterramos um desejo, enterramos a nossa intenção de receber, e usamos o desejo em forma de doação. Elevamos ao nível da Caverna de Machpelah, que é um nível muito elevado.
Mesmo quando esse desejo está no chão, como numa caverna, a pessoa usa-o para doar. Essas são correções muito grandes, pois o desejo não está morto, mas vivo. São as intenções que morrem, mas o desejo em si nunca morre. Portanto, o enterro não se refere aos próprios desejos, mas à forma como eles são usados.
Quando Abraão alcança um nível em que sabe como corrigir todo o seu desejo, a sua Nukva, chamada Sara, ele alcança o estágio de “associação de Rachamim (misericórdia) com Din (julgamento).” Nesse estado, ele entra na Caverna de Machpelah. Machpelah (multiplicação) significa que o nível deste mundo ascende ao nível do próximo mundo.

Diz-se que Sara viveu 127 anos, e que Abraão viveu 175 anos; qual é o significado da idade?
Os números não se referem à idade, mas aos níveis. Estes são os níveis nos quais podemos corrigir as nossas almas dessa maneira.

O nível de Abraão é 175?
Sim, mas não sabemos como contar estes níveis como na história de Matusalém ou de Adão, que viveram tantos anos. Também não sabemos o que significa que Abraão comprou a caverna por quatrocentos shekels de prata. Kesef (prata/dinheiro) significa Masach (tela), e os quatrocentos shekels são um número completo que Abraão pagou pelo campo que comprou a Efrom.

Abraão insistiu em comprar em vez de receber; qual é o significado de comprar? Ele comprou um desejo?
Comprar é expresso em pagamento. Abraão pagou com o seu dinheiro. Ele pagou com o seu esforço para poder adquirir o desejo de receber e fazer com que ele trabalhasse para doar. O esforço é a única forma de abrir o desejo de receber e usá-lo para receber a revelação do superior.
Em todo o nosso universo, estamos a utilizar apenas um por cento do nosso desejo de receber. É por isso que vemos apenas este mundo. Vamos ver o mundo superior somente se abrirmos o desejo de receber em dois por cento, depois três, e assim por diante até 100 por cento. Quanto mais abrimos o desejo, mais é possível ver da realidade.
Há uma realidade oculta, e à medida que os nossos desejos crescem de dia para dia e de ano para ano, vamos desvendando o mundo e descobrindo mais fenómenos e mais revelações no mundo. A cada dia fazemos novas descobertas, a ciência desenvolve-se, e nós também. No entanto, tudo isso é muito limitado e bastante insignificante.
Não percebemos o mundo em si mesmo, mas apenas o que está no nosso interesse, pois essa é a nossa natureza. Se desejamos adquirir o grande desejo, devemos pagar com grande esforço. Esse desejo contém os níveis inanimado, vegetativo, animado e humano, ou seja, falante. Estes são os quatro estágios, e cada um deles está no nível de cem, o que soma 400 (shekels de prata). Kesef (prata/dinheiro) significa esforço/trabalho.
Teremos de adquirir todo o desejo por quatrocentos shekels de prata. Ou seja, primeiro precisamos de adquirir Masachim (telas), para trabalhar com o que se manifesta apenas com o objetivo de doar. É por isso que crescemos até certo nível, até uma certa saciedade no nosso desenvolvimento, e chegamos a uma crise. Não nos vamos desenvolver para além disso; vamos parar aqui até entendermos que podemos descer, ou continuar a desenvolver-nos num novo Kli direcionado para o mundo superior, que visa inteiramente a doação ao próximo.

Há diferença no nível do ego entre uma pessoa que, por exemplo, anseia pelo poder e líderes como o Primeiro Ministro?
Não, porque esse ego está no mesmo nível humano. Aqui, no entanto, estamos a falar de um ego completamente diferente, um ego que precisa de ser governante e compreender o que ocorre acima desta vida, acima da vida e da morte. Este é um ego que não entendemos; é a linha da esquerda, as Klipot (cascas/peles), que são, na verdade, contra a Divindade.
As duas forças começam a manifestar-se na pessoa. A força superior, o Criador, aparece no lado direito, e a força oposta aparece no lado esquerdo, com a pessoa no meio, contendo ambas. É por isso que se chama a Caverna de Machpelah (multiplicação), pois a pessoa está a unir as duas forças, tanto a boa quanto a má.

O desejo de receber é eterno?
É tão eterno quanto o Criador; nunca é cancelado. Sem ele, não haveria criatura. A palavra hebraica Nivra (criatura) vem da palavra Bar (fora), ou seja, fora do nível. O desejo é o que separa a pessoa do Criador. Mas quando o utiliza com a intenção de doar, a pessoa torna-se semelhante ao Criador e alcança Dvekut (adesão) com Ele, que é o propósito da criação.

Diz-se que algumas pessoas advém dos filhos de Quetura e outras dos filhos de Abraão; há verdade nessas afirmações?
Sim, há verdade nisso. Todo o mundo advém dos Babilónios que não quiseram receber os ensinamentos de Abraão através de Nimrod, pois estavam a passar por correções que os levaram a rejeitá-lo, o que também é uma correção. Uma pessoa que rejeita algo tem uma visão particular; passa por um certo "filtro". Portanto, a pessoa que se desloca da Babilónia através das guerras em Canaã, no Egito e noutros lugares, é descendente dos filhos de Quetura ou das dez tribos que se espalharam pelo mundo e que realizam o nosso trabalho ali, embora não saibamos exatamente como isso ocorre.
Se realizarmos testes de DNA, veremos que todos estão misturados com todos os outros e que cada um de nós contém um pouco dos outros. É por isso que, agora que alcançamos o fim dessa mistura, e quando cada um de nós tem a capacidade de pertencer à correção no seu próprio nível, estamos a entrar numa crise que nos leva a examinar a nossa situação espiritual. Esse é o estágio atual da humanidade.

Por um lado, diz-se que tudo está a acontecer dentro de nós. Por outro lado, vivemos neste mundo, que é o que percebemos. Existe uma fórmula através da qual podemos agir nos nossos incidentes quotidianos?
Sim, se a pessoa sentir que está a viver dessa forma no seu dia a dia neste mundo. Algumas pessoas sentem que vivem num filme que está a ser “projetado” dentro delas. Relacionam-se com o mundo externo, mas percebem-no no interior. É como assistir a um filme e entrar nele, viver nele como as outras personagens, sem conseguir julgar a situação.
Posso até dizer a nós mesmos que é um filme que está a ser projetado diante de nós, que estamos nele, e podemos observar desde o alto, e ver como estamos a lidar com tudo o que acontece. Também entendemos que a imagem que estamos a ver está realmente a acontecer dentro de nós, e que precisamos de reagir a ela. Esse é o momento em que ascendemos do nível de filme ao nível de compreensão do filme, compreendendo quem está a projetar o filme dentro de nós, de acordo com as nossas reações a ele. Ou seja, tudo depende de como nos relacionamos com o mundo, sendo o ideal uma relação o mais realista possível.

Do Zohar: Quatrocentos Shekels de Prata
"Quando Abraão entrou na caverna... ele viu uma luz ali, e levantou-se pó diante dele, revelando duas sepulturas. Então, um homem da sua forma elevou-se do túmulo, olhou para Abraão e riu. Através disto, Abraão soube que estava destinado a ser sepultado ali.
...Adão disse-lhe: 'O Criador escondeu-me aqui, e tenho permanecido oculto desde então.’ Até a chegada de Abraão, Adão e o mundo estavam incompletos. Por isso ele precisava de se esconder, para que as Klipot (forças de impureza) não se apegassem a ele. Mas quando Abraão veio ao mundo, ele corrigiu-o e ao mundo, e ele já não precisava mais de se esconder."
Zohar para Todos, A Vida de Sara, itens 105-106