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VaYishlach | Génesis, 32:4-36:43

Glossário - VaYishlach
Conceitos Luta A luta é interna, entre o ego, que nos atrai para os prazeres mundanos como comida, sexo, família, dinheiro, respeito, conhecimento e poder, e o propósito da vida, que é descobrir o reino superior, ao qual precisamos ascender, rumo a uma vida completa e eterna. Além disso, precisamos …

Resumindo

Na porção VaYishlach ("E Jacó Enviou"), Jacó deseja fazer as pazes com Esaú após fugir dele e estar muitos anos com Labão. Esaú envia anjos a Jacó, e estes informam-no de que Esaú vem ao seu encontro com quatrocentos homens.
Jacó fica alarmado com o encontro iminente, e, durante a noite, um anjo aparece diante dele. Jacó luta com ele e derrota-o, mas fica ferido no tendão da coxa. Os anjos informam Jacó de que, a partir daquele momento, o seu nome mudou de Jacó para Israel. Quando Esaú chega, eles abraçam-se e fazem as pazes, e Jacó muda-se para a região de Shechem.
Mais adiante, a porção relata a história de Dina, filha de Jacó, que é raptada por Shechem, filho de Hamor, o Heveu, que deseja casar-se com ela. Os filhos de Jacó permitem o casamento com a condição de que todos os homens da cidade realizem a circuncisão. Após eles realizarem a circuncisão, os filhos de Jacó matam todos os homens, resgatam Dina e saqueiam a cidade.
O Criador instrui Jacó a mudar-se para Beit El, onde o abençoa com muitos descendentes e a herança da terra. No final da porção, Raquel morre ao dar à luz seu segundo filho, Benjamim. Isaac também morre e é sepultado pelos seus filhos, Esaú e Jacó.

Comentário do Dr. Michael Laitman

Esta porção trata com escrutínios muito profundos que a pessoa realiza na alma para corrigi-la da intenção de receber, da sua forma egoísta. Precisamos desses escrutínios porque a alma foi quebrada num processo conhecido como “o estilhaçamento dos vasos”, a ruína.
Quando alguém alcança o nível de Jacó, que ainda é um nível de Katnut (infância), descobre que é impossível avançar. Tendo-se elevado acima do ego, acima do desejo de receber, e tendo alcançado um estado de Katnut, chamado Galgalta e Eynaim, a pessoa fica sem nada com que progredir. Para avançar, é necessário encontrar dentro de si tendências adicionais, Kelim (vasos) estilhaçados adicionais. Ao corrigi-los, a pessoa poderá elevar-se juntamente com eles. Ou seja, sempre que estamos num determinado estado, devemos primeiro descer, misturar-nos com o negativo, e só então ascender ao positivo.
A porção fala exatamente desse estado. Ou seja, a pessoa que alcança um estado de Jacó e não consegue avançar deve reconectar-se com o Esaú dentro de si—com a inclinação ao mal que ainda não foi corrigida. Essa pessoa vai nessa direção, apesar de temer que o desejo egoísta possa, de repente, dominar, e que talvez não consiga sair desse estado.
Isso exige uma preparação especial. O texto narra que Jacó divide tudo—as mulheres, as crianças e todas as pessoas que estavam com ele. Ou seja, a pessoa organiza os seus desejos, dispondo todas as suas qualidades numa preparação interna para a revelação dos defeitos dentro de si, para lidar adequadamente com eles.

Perguntas e Respostas

Está escrito que Jacó vem com um presente, uma oração e com guerra. Ele prepara cada estratégia.
É verdade, ele divide toda a sua casa. É informado de que Esaú vem ao seu encontro com quatrocentos homens. Quatrocentos representam uma medida completa, quatro Behinot (discernimentos), e cada Behina (singular de Behinot) é cem vezes a sua força.
Por um lado, Jacó teme tal poder. Por outro, sabe que não tem escolha. Para avançar em direção ao Dvekut (adesão) com o Criador, ele precisa de passar por estas etapas.
À noite, Jacó luta com o ministro de Esaú e passa por uma correção especial, que aparece nele como um defeito no tendão da coxa. Mas ele descobre que na verdade esse defeito sustenta-o. E por essa razão, ele recebe uma bênção de que todas as revelações que terá nele, da parte de Esaú —simbolizando as suas qualidades negativas — vão surgir apenas na forma de causa e consequência, na proporção e na forma que ele puder corrigir, sem falhar. Embora outros fracassos o esperem adiante, como com Dina, ele tem a garantia de que, no fim, é precisamente o grande ego que o Criador criou nele que vai auxiliar o seu progresso.
Assim, após o encontro com Esaú, Jacó muda-se para Shechem, equipado com forças maiores e está agora prestes a ascender do nível de Jacó, que é Katnut da alma, que possui apenas vasos de doação, para Gadlut (adulto), para Israel.
Israel significa que todos os desejos da pessoa, todas as qualidades que surgiram até então, estão orientados diretamente ao Criador. Quem procura assemelhar-se ao Criador, aderir ao Criador, e por isso realiza ações na Escada de Jacó, alcança um estado chamado Yashar El (direto a Deus), Ysrael [Israel]. Seguir outro caminho será como está escrito: “São todos como bestas” (Salmos, 49:13). Se não nos envolvermos na correção da alma usando a sabedoria da Cabala, seremos todos como as “nações do mundo”, como Esaú, não corrigidos.
Dina, filha de Jacó, já está conectada ao próximo nível. É por isso que Shechem a acha tão atraente. Há aqui violação, coerção, o que significa que os vasos de doação ficam sob os vasos de recepção. Embora ela esteja em Din (julgamento), como seu nome, Dina, indica, esse grande desejo de receber impõe-se sobre ela. Por isso, há apenas duas correções que os filhos de Jacó podem realizar: a primeira é a circuncisão dos filhos de Shechem; a segunda é matá-los, ou seja, a retirada da luz superior de dentro desses Kelim, o que os torna mortos.

O que significa a pilhagem da cidade?
Uma cidade é um lugar do desejo de receber, em Kelim que o obrigam a separar o desejo de receber da luz da vida. Caso contrário, não será possível avançar para a correção do desejo de receber. No nosso mundo, matar alguém é considerado um crime. No mundo espiritual, quando a força superior retira todos os prazeres dos nossos desejos, dos nossos Kelim, removendo a sensação de vida e vitalidade, sentimos como se estivéssemos mortos. Essa sensação de morte ajuda-nos a alcançar a vida. Nesta vida, entramos em conexão com a luz superior e enchemo-nos de prazeres eternos, na obtenção da Divindade, e sentimos a nossa vida eterna e completa.
A chacina mencionada na porção relaciona-se à razão pela qual estamos a matar. É semelhante a uma pessoa com cancro. Essa pessoa luta para eliminar o tumor. Portanto, depende do tipo de morte de que estamos a falar e a quais discernimentos dentro de nós nos referimos. Neste caso, a chacina da cidade é no melhor interesse da pessoa; é uma correção.

Não seria suficiente limitar-se à circuncisão?
Não. A circuncisão acontece quando dividimos os nossos desejos em bons e maus. Se, após a circuncisão, ainda restarem desejos que não podem ser corrigidos, é necessário separá-los temporariamente da luz, e isso é a chacina. Com isso, salvamos Dina, que deve estar conectada à linha do meio por enquanto, a Jacó, através da qual ele ascende a Beit El (a casa de Deus).
O Criador diz a Jacó: “Agora estás pronto para te elevar ao próximo nível, chamado Beit El.” Quando Jacó chega lá, ele recebe a bênção, vasos de doação, as forças com as quais pode manter o nível e alcançar a revelação da espiritualidade nesse nível.
Jacó recebe a bênção de que toda a terra, todo o desejo, será dele. Ou seja, no final, ele será corrigido gradualmente, e então “toda a terra está diante de ti” (Génesis, 13:9). Assim, mesmo que os desejos sejam, em grande parte, dominados por outras nações—ou seja, não estejam conectados à doação e ao amor aos outros—, ainda é possível corrigi-los para que tenham a intenção de doar.

O final da porção fala sobre a morte de Raquel e de Isaque.
Tanto Esaú quanto Jacó participam do enterro de Isaque. Esta é a correção do nível anterior, que deve ser sepultado. O enterro simboliza a construção de um novo nível em cima do anterior.

Jacó e Esaú são qualidades opostas; o que significa que eles se abraçam?
Existem muitos níveis de conexão entre qualidades, mesmo entre aquelas que são opostas. Aproximar-se significa um abraço da direita, um abraço da esquerda, um beijo, um Zivug (acoplamento) superior e um Zivug inferior, tal como “Que a sua esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua direita me abrace” (Cântico dos Cânticos 2:6). Ou seja, existem muitos tipos de correção da inclinação ao mal.
Jacó está disposto a abraçar Esaú, a entrar em contato com ele após as correções que realizou durante a noite. Quem passa por essas correções — em situações muito complicadas, à noite, com o ministro de Esaú — está pronto para lidar com a inclinação ao mal, para organizá-la, corrigir as partes que podem ser corrigidas e ascender a um nível superior.
Há sempre saídas e entradas, como Jacó, que sai e volta à terra de Israel, que escapa de Esaú, tem experiências e agora está forte o suficiente para o enfrentar.

O que passou Jacó na casa de Labão?
É assim que ascendemos, nível a nível. Se uma pessoa está num determinado nível e precisa ascender para o próximo nível espiritual, ela deve tirar um pouco mais do ego, do seu desejo de receber, e corrigi-lo para trabalhar com a intenção de doar. O desejo recém-corrigido junta-se à alma, e é assim que a pessoa ascende a um novo nível. Nesse nível que agora cresceu, a pessoa recebe uma revelação adicional da Divindade, uma conexão maior com a Divindade, e a ascensão continua até que se alcance o estado final, onde toda a alma fica corrigida.

Por que Jacó tem a certeza, agora, de que terá força para enfrentar Esaú?
Jacó recebeu uma bênção do ministro de Esaú; ele conectou-se a essa força de forma semelhante à história com Labão. Ele recebeu essa força da esquerda e pode corrigi-la para trabalhar com a intenção de doar. Isso é chamado de “bênção.” Uma bênção significa que, juntamente com a revelação do ego, vem a luz superior, que ajuda a pessoa a separar o desejo de receber, o novo desejo corrompido, e discernir que parte do desejo pode ser acrescentada ao novo estado e que parte não pode. Então, com essa nova adição, a pessoa alcança um novo nível.

O Criador abençoa Jacó com muitos filhos. O que significa isso na espiritualidade?
Ter muitos filhos significa que o Criador abençoa uma pessoa com a correção de todos os seus desejos, que surgem da Malchut grande, Malchut de Ein Sof (infinito), de toda a criação, para que sejam corrigidos para trabalhar com a intenção de doar. Por isso ele é chamado de "Israel," Yashar El (direto a Deus), dominando efetivamente toda a criação numa tendência de doação mútua.

"Não lavrarás com boi e jumento"
“O único desejo dos níveis de impureza é atacar os níveis sagrados. Todos espreitaram e atacaram Jacó, que era sagrado, como está escrito: ‘E Jacó chegou inteiro.’ Primeiro, a serpente mordeu-o, como está escrito: ‘ele tocou na cavidade de sua coxa.’ É dito sobre o ministro de Esaú que ele estava montado numa serpente. Agora o Hamor [burro] mordeu-o, Shechem, filho de Hamor, que é a Klipa da direita.” (Zohar para Todos, VaYishlach, item 146)
Devemos sempre considerar as forças negativas como uma oportunidade para ascender ao próximo nível. Não há mal no mundo, nem mesmo agora, com todos os problemas e tribulações que surgem. O importante é saber como usar essas forças de forma correta, como a Torá nos ensina. O nosso problema é que não estamos a trabalhar de acordo com a Torá. Se agíssemos conforme a sabedoria da Cabala explica sobre como realizar essas correções, veríamos o mundo apenas como uma série de oportunidades para estados melhores.

Quem faz a correção, o Criador ou a luz circundante?
A luz circundante faz a correção, mas a pessoa precisa de a atrair. Por que recebemos essa instrução? Afinal, Torá significa instrução. Embora a luz nela contenha o poder de corrigir, isso acontece de acordo com o nosso esforço em atraí-la, baseado no nosso entendimento de como precisamos de ser corrigidos. Devemos realizar todos os atos de análise, divisão e triagem em nós próprios e na realidade geral, e então pedir a correção. Embora não tenhamos o poder de correção, nós, enquanto crianças pequenas, devemos constantemente esforçar-nos para compreender e organizar as coisas como devem ser. Essa é a nossa tarefa.

Se os anjos são forças, o que significa lutar com um anjo? É como uma pessoa a lutar contra a gravidade, o magnetismo?
Como está escrito no excerto do Zohar mencionado acima, diz-se à pessoa que um anjo vem até ela, seja pela direita, seja pela esquerda. Existem diferentes anjos que a pessoa deve enfrentar de uma certa maneira para os integrar na linha do meio, chamada Adão (homem).

O importante é como nos relacionamos com os estados, certo?
O que mais é necessário? Estamos na Natureza, que em Gematria é Elokim (Deus). As leis da Natureza ou os mandamentos do Criador são uma e a mesma coisa. A Torá ensina-nos como usar tudo o que está dentro de nós – todos os elementos, qualidades, tanto internos quanto externos.
Especialmente agora, estamos num mundo tão confuso que ninguém sabe o que fazer; não temos ideia do que o amanhã trará, e tudo parece vago e ameaçador. Se as pessoas soubessem o que está escrito sobre isso na Torá, entenderiam que temos uma oportunidade de ascender ao próximo nível, a um nível completamente diferente, à revelação da Divindade. O mundo já está bastante próximo de uma correção grande e especial.

Depende do Criador ou de nós?
Depende de nós. Há um objetivo diante de nós e duas maneiras de alcançá-lo: o caminho da esquerda é o caminho do sofrimento. O caminho da direita é o caminho da Torá, o caminho da luz que corrige. O caminho da esquerda significa seguir com a vara que nos desenvolve e nos obriga a avançar. O caminho da direita significa atrair a luz que reforma.
De qualquer forma, nosso ego, o desejo de receber, a inclinação ao mal em nós, precisa de ser corrigido. Como isso vai acontecer depende do caminho que escolhermos e do nosso entendimento de que tudo o que aparece é apenas para que possamos corrigir-nos, ou seja, para nos fazer atrair a luz que reforma.
Isso remete-nos para a sabedoria da Cabala, que devemos usar porque ela é o interior da Torá, a lei da verdade, a lei da luz. E é precisamente ao usá-la corretamente que podemos atrair a luz que reforma. Esse caminho vai poupar-nos os golpes, pois vamos avançar de forma agradável e suave de nível em nível na escada de Jacó.
E Jacó Enviou Anjos
“‘Pois Ele vai dar aos Seus anjos ordens a teu respeito, para te protegerem.’ Quando a pessoa chega ao mundo, a inclinação ao mal imediatamente vem com ela e queixa-se sempre dela, como está escrito: ‘O pecado está à porta.’ O pecado está à porta—esta é a inclinação ao mal. ‘À porta’—à porta do ventre, ou seja, assim que alguém nasce.” Zohar para Todos, VaYishlach (E Jacó Enviou), item 1
É assim que nascemos, com uma pequeno desejo egoísta de receber. Mesmo depois de nos desenvolvermos, continuamos a ser como pequenos animais, como está escrito: “Eles são todos como bestas” (Salmos, 49:13). Embora nos pareça que existem pessoas muito perversas no mundo, isso não é considerado maldade verdadeira. A maldade verdadeira aparece quando a pessoa realmente deseja prejudicar os outros, prejudicar a humanidade. Uma pessoa comum não é nem boa nem má; ela é irrelevante. Essa pessoa é operada pela Natureza, e nada nela vem de si mesma de forma inerente.
Hoje, esta inclinação ao mal está a manifestar-se em todo o mundo porque Elokim, que em Gematria é Natureza, está a mostrar-nos que o mundo inteiro está interconectado; portanto, nós também precisamos de estar conectados. Através desta conexão, vamos alcançar equivalência de forma, Dvekut (adesão) com o Criador. Se resistirmos a esta conexão e agirmos de forma contrária, de forma egoísta, tornando-nos mais fechados em nós próprios e afastados dos outros, é precisamente assim que nos tornamos maus.
A inclinação ao mal aparece pela primeira vez quando o mundo começa a manifestar-se como circular, conectado, integral e global. Contudo, não “mergulhamos” nisso; não nos unimos nem nos conectamos. Ainda estamos imersos nos nossos egos, na inclinação ao mal, exatamente o oposto da condição que o Criador nos está a apresentar.

Estamos à beira da destruição, mas as pessoas não mudam as suas opiniões.
Este é o problema. É por isso que a sabedoria da Cabala está a surgir após milhares de anos de ocultação. A ideia é que, através dela, o povo de Israel compreenda que tem um papel muito importante a desempenhar, o de ser “uma luz para as nações” (Isaías, 42:6), e que deve corrigir-se a si próprio. Somos apenas uma etapa de transição para a correção de todo o mundo. Se não realizarmos a correção a tempo, todo o mundo vai exigir isso dos judeus, mesmo sem sequer saber porquê, e o ódio contra os judeus vai intensificar-se. Por isso, devemos agir rapidamente.

O que precisamos de corrigir exatamente?
Precisamos ser uma sociedade orientada pela garantia mútua, que vive de acordo com as condições que existiam ao sopé do Monte Sinai, onde todos estavam prontos para se unir “como um só homem com um só coração.” Só assim nos vamos tornar uma nação, e apenas sob essa condição continuaremos a existir.
Por enquanto, existimos verdadeiramente pela graça de Deus, “em período de avaliação,” até o implementarmos, como mencionado no ensaio de Baal HaSulam, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar.” Mas o nosso tempo pode esgotar-se, e não vamos receber mais prorrogações; e então, não seremos capazes de viver na terra de Israel. Teremos de fugir, pois esta terra vai rejeitar-nos novamente, como está escrito na Torá, no Zohar e em muitos outros lugares [“Quando Israel não se envolve na Torá, a esquerda intensifica-se e o poder das nações idólatras cresce. Estas alimentam-se da esquerda, governam sobre Israel e impõem-lhes leis que eles não conseguem suportar. Por causa disso, Israel foi exilado e disperso entre as nações” (Zohar para Todos, BeShalach (Quando Faraó Enviou), item 306).].
Hoje temos uma grande oportunidade, quando todos clamam por correção no mundo. Embora não saibamos o que é, nós, enquanto detentores do método e enquanto os que possuem a Torá, devemos revelá-la a todos, mas antes de mais nada a nós próprios. Por isso, devemos unir-nos, ser “como um só homem com um só coração”, conectar-nos enquanto nação, conectar-nos a Yashar El, e ser “a nação de Israel.” Precisamos agarrar-nos à linha do meio e começar a ascender com ela rumo ao Dvekut com o Criador, em direção a uma ligação cada vez maior entre nós no “ama o teu próximo como a ti mesmo,” em amor fraternal. Quando perdemos esse amor, o Templo foi destruído. Por isso, devemos voltar a esse estado e puxar atrás de nós o resto da humanidade.

Então, Jacob é a conexão e Esaú a separação, e a nossa tarefa é superar a separação através da conexão?
Precisamente. Estas são duas forças opostas, e precisamos “coroar” o Jacob dentro de nós sobre o Esaú dentro de nós, e fazer o mesmo na nossa sociedade. As pessoas precisam compreender a mensagem, a essência e o propósito deste conflito, e agir em conformidade.
Se desmaias no dia da adversidade
“Mas um em cada mil é a inclinação ao mal, que é um desses 1.000 que prejudicam que estão à esquerda, pois ele se eleva e obtém permissão, e posteriormente desce e provoca a morte. Por isso, se um homem caminha no caminho da verdade, essa inclinação ao mal torna-se o seu servo, como está escrito: ‘Melhor é ele, o humilde que tem um servo.’ Nesse momento, ele eleva-se e torna-se um defensor, intercedendo perante o Criador em favor do homem.” (Zohar para Todos, VaYishlach (E Jacob Enviou), item 185).