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Michael Laitman

Livros
Cabala Revelada O Caminho da Cabala Revelando Uma Porção

Êxodo, 10:17-17:16

Glossário - BeShalach
Glossário - BeShalach

Resumindo
Na porção BeShalach Faraó envia os filhos de Israel do Egito após as dez pragas que ele e os egípcios sofreram. O Criador não conduz os filhos de Israel diretamente à terra de Israel porque isso significaria atravessar a terra dos filisteus, e o Criador não deseja que os filhos de Israel temam a guerra e regressem ao Egito. Em vez disso, Ele guia-os pelo deserto.
Moisés leva consigo os ossos de José. O Criador caminha à frente do povo, iluminando o caminho com uma “coluna de nuvem” durante o dia e uma “coluna de fogo” durante a noite.
Quando Faraó descobre que os filhos de Israel  fugiram realmente do Egito, muda de ideias e decide persegui-los. Ele reúne 600 carros/carruagens escolhidos entre todos, e persegue os filhos de Israel até ao Mar Vermelho.
Os filhos de Israel encontram-se com o mar à frente e Faraó atrás. É então que ocorre o primeiro milagre: Moisés desfere um golpe no mar, e este divide-se, e os filhos de Israel atravessam em terra seca. Quando os egípcios tentam atravessar, as águas fecham-se sobre eles, e todos se afogam. Em gratidão ao Criador pelo milagre, os filhos de Israel cantam o Cântico do Mar (Êxodo 15).
Moisés conduz os filhos de Israel pelo deserto em direção a Shur. Quando o povo sente sede, chega a Mará, onde as águas são amargas e impróprias para beber. Aqui acontece outro milagre: as águas tornam-se frescas (a Torá refere-se a elas como "doces"). Moisés e o povo continuam em direção a Elim, onde encontram doze fontes de água e setenta tamareiras. Acampam ali e depois seguem para o deserto de Sin.
O povo queixa-se de que os seus mantimentos acabaram, e o Criador realiza dois milagres: no primeiro, desce maná do céu; no segundo, as codornizes sobrevoam o acampamento de Israel, oferecendo-lhes carne à tarde.
Os filhos de Israel recebem o primeiro mandamento: manter o sábado. São informados de que, no sábado, não haverá maná, e que no sexto dia devem recolher provisões para dois dias. Os filhos de Israel continuam do deserto de Sin e chegam a Refidim. Mais uma vez, não há água, e o Criador realiza outro milagre: Moisés desfere um golpe numa rocha, e dela brota água.
Perto da chegada ao Monte Sinai, Amalec surge e luta contra Israel. Quando Moisés ergue as mãos, Israel vence; quando as baixa, Amalec prevalece. Finalmente, Israel derrota Amalec, e o Criador ordena a Moisés que escreva num livro de memória que a lembrança de Amalec deve ser apagada debaixo do céu.

Comentário do Dr. Michael Laitman
O homem nasce com um desejo de receber intrinsecamente egoísta. Contudo, ao elevar-se acima disso, a sua perspetiva muda, e ele deixa de pensar apenas em si mesmo. Desde o momento em que nascemos, queremos usar o mundo inteiro em benefício próprio. Este é o Amalec dentro de nós. AMALEC é um acrónimo de Al Menat LeKabel (com o propósito de receber - para benefício próprio). Transformamos o desejo de receber numa qualidade espiritual que visa a doação, através de um processo em que cada um de nós trabalha em si mesmo com a ajuda da luz que reforma. A luz que reforma é uma força que desperta numa pessoa que estuda Cabala corretamente, junto com um grupo. Essa força desperta, e a pessoa sente as mudanças que ocorrem constantemente dentro dela.
Estas são as mudanças que a Torá descreve nesta porção. Faraó realmente envia o povo de Israel. Ou seja, o nosso ego está sob pressão, sofrimento, num conflito entre forças que agem sobre ele, até que "permite" que o deixemos, afastando-nos de si.
Na verdade, estamos apenas a observar o desenrolar dos acontecimentos: a guerra do Criador contra Amalec (Êxodo 17:16), a guerra do Criador contra Faraó e todo o processo (Êxodo 10) de endurecimento do coração de Faraó, de "ir a Faraó" e "venha a Faraó."
Quando os filhos de Israel escapam do Egito com todos os Kelim, ou seja, desejos, a pessoa eleva-se acima do ego, mas as intenções egoístas permanecem. No processo de desenvolvimento, gradualmente libertarmo-nos delas através das inúmeras mudanças que ocorrem no processo de saída do domínio de Faraó e entrada sob o domínio da qualidade do Criador — o reinado da qualidade da doação e do amor ao próximo.
Na transição do amor próprio para o amor ao próximo, passamos por várias mudanças que nos fazem sentir como se Faraó ainda nos perseguisse, e estivéssemos a tentar escapar. Por vezes conseguimos fugir, e por vezes não. É por isso que a realidade exige que ocorra um milagre, ou seja, a influência da força superior sobre a pessoa.
A influência da força superior na pessoa manifesta-se na sensação de que a pessoa está diante do mar, com os 600 carros/carruagens escolhidos de Faraó atrás, sem nada que possa fazer. Cada vez que chegamos a um ponto em que não há caminho à frente e todas as estradas parecem bloqueadas, acontece um milagre. É assim que transitamos de nível, de estado em estado.
A diferença entre os níveis é que o próximo nível só se abre após termos concluído o anterior, quando já não sabemos o que fazer e nos encontramos desesperados. Apesar de nos habituarmos a este processo, ficamos surpreendidos a cada vez que ele acontece.
Depois da abertura do Mar Vermelho, chegamos ao deserto. Um deserto é um estado em que nada pode ser feito. Não há nada com que nos alimentar; é um estado de vazio, sem saber o que fazer. Nesse estado, parece que a vida não é vida, nem no presente nem no futuro.
Na etapa seguinte, a água é amarga e precisa ser adoçada com o cajado. Isso significa que a pessoa eleva o desejo de doar e subordina o desejo de receber para benefício próprio. Assim, alcança-se o nível de Bina em vez de Malchut, e eleva-se acima do ego, rompendo novamente para o próximo nível. A pessoa alcança um lugar chamado Elim, onde há doze fontes de água e alimento de setenta tamareiras.
Isso acontece todas as vezes. O nosso desejo egoísta de receber desperta sem sabermos o que fazer com ele, pois não temos força para lidar com o seu clamor, choro e terror. É nesse momento que a força superior nos salva. Assim, repetida e gradualmente, ocorre o êxodo do Egito.
No êxodo do Egito, corrigimos o desejo de receber passo a passo. Elevamo-nos continuamente acima dele até conseguirmos mesmo lutar contra Amalec. As mãos de Moisés, que sobem e descem, simbolizam a força ascendente de Bina e o MAN descendente.
Quando entramos na espiritualidade, ainda não temos nada que nos sustente, exceto o alimento do céu. Antes disso, recebíamos satisfação de forma egoísta, tentando obter o máximo possível de todos. Mas agora, na transição para amar os outros, altruísmo, doação, alimentamo-nos pela doação. Por isso é chamado “alimento do céu,” o “alimento celestial.”
Isso acontece quando a pessoa está disposta a sair para a “luz da manhã,” para estar na qualidade de doação que ilumina o ego, o desejo de receber, no qual nos sentimos vazios. Quando estamos dispostos a permanecer no desejo de receber mesmo sem satisfação, mas apenas na doação aos outros, é então que o maná vem, o preenchimento que desce do céu.
Os quarenta anos no deserto representam o período em que obtemos de forma completa a qualidade de doação. Alimentamo-nos ao dar aos outros, algo verdadeiramente vindo do céu, porque quem somos nós para dar? Temos algo para oferecer? Por que deveríamos satisfazer-nos ao dar?
Essa sensação, a intenção que obtemos sobre o desejo de receber—uma tendência para os outros, uma conexão com os outros—é o nível chamado “aquilo que odeias, não o faças ao teu próximo.” ( Talmude Babilónico, Masechet Shabbat, 31a.) Ao nos conectarmos aos outros como a nós mesmos, recebemos o preenchimento chamado MAN, Mei Nukvin (Aramaico: Águas Femininas), que eleva o nosso desejo de receber a Bina, o nível de doação.

Perguntas e Respostas

Acontecem muitos milagres nesta porção, quase todos relacionados com a água: a travessia do Mar Vermelho, a água amarga, Moisés a bater na rocha e a água a jorrar. O que é um milagre e porque está ele tão ligado à água especificamente nesta porção?
A água é a qualidade da doação, Bina. Há água de conflito (Meriba), água amarga e água doce (fresca), água potável. Também há “água fresca para uma alma cansada” (Provérbios, 25:25) e outros termos relacionados com a água.
A água é vida. Quando nos desenvolvemos no ventre materno, estamos imersos em água. De facto, a água é toda a nossa vida; evoluímos na água e depois passámos para a terra. A água é a qualidade de Bina até que ela emita de si mesma, tal como os oceanos geram vida.
Isto acontece sempre através de um milagre porque não possuímos a qualidade da doação, Bina, o amor ao próximo, a conexão com os outros em benefício do outro. Por esta razão, recebemo-la de fora, no que é considerado um milagre. Tudo o que fazemos é causar o desenrolar desse processo. E quando ele acontece, é como um milagre, como está escrito: “Esforcei-me e encontrei” (Talmude Babilónico, Masechet Meguilá, 6b). Encontrar é, na verdade, o milagre. No nosso caminho, tudo acontece sempre através de milagres.

O Criador levou os filhos de Israel numa viagem pelo deserto com medo de que enfrentassem os filisteus, por isso passaram pelo Sinai. Porque não os levou diretamente para Israel?
Os filhos de Israel andaram no deserto durante quarenta anos, mas na verdade é possível atravessar o deserto numa semana. Temos um desejo de receber tão grande: guerras com os filisteus, com Amalec, pecados como o bezerro de ouro e o pecado dos espiões, e muitos outros problemas apenas para chegar à terra de Israel, à entrada. Além disso, há a guerra para conquistar a terra.
São necessárias muitas guerras para conquistar o desejo de receber e transformá-lo de um desejo egoísta, Egito, num desejo pela terra de Israel. Eretz (terra) significa Ratzon (desejo). Devemos direcionar o nosso desejo para trabalhar não para receber benefício, que é Amalec, mas para doar, que é Yashar El (direto a Deus), Ysrael (Israel). É um processo muito longo no qual acontecem milagres constantemente.

Porque os filhos de Israel  evitam lutar contra os filisteus?
Porque os filhos de Israel ainda não estão suficientemente fortes. Eles ainda não adquiriram a força de doação que lhes permitirá lutar e enfrentar os filisteus. Ainda não existe uma linha direita, a força da doação, por isso é impossível usar a linha do meio para avançar. Quando se possui apenas a força de receção, a linha esquerda, é necessário contornar os filisteus.
Do Zohar: E Israel viu a grande mão
“E Israel viu a grande mão... e acreditaram no Senhor.” Mas não acreditavam no Criador até então? Afinal, está escrito: “E o povo acreditou; e quando ouviram.” Além disso, viram todos os grandes feitos que o Criador fez por eles no Egito. No entanto, “E acreditaram” significa que acreditaram no que ele disse: “E Moisés disse ao povo: ‘Não temam! Fiquem firmes e vejam a salvação do Senhor.’” Zohar para Todos, BeShalach (Quando Faraó Enviou), item 203
A cada etapa, avançamos por estágios. O nosso caminho, como escreve o Zohar, é 600 carruagens escolhidas, seis dias e o sétimo dia, o Sabbath [sábado], que corresponde ao fim da correção, o sétimo milénio. O caminho desde o êxodo do Egito até ao fim da nossa correção passa por 125 níveis, com cada nível a dividir-se em estágios adicionais. Há milagres a cada vez, e a cada vez a pessoa encontra-se em maior adesão à força superior.
Estamos entre duas forças: por um lado, temos o desejo de receber, que é a natureza com a qual nascemos, como está escrito: “a tendência do coração do homem é má desde a sua juventude” (Génesis, 8:21). Por outro lado, temos o desejo de doar, ao qual devemos chegar. Nesta escada da nossa natureza, o desejo de receber está na base, e o Criador, o desejo de doar, está no topo, connosco no meio, como que suspensos no ar. Na medida em que a força do Criador aparece diante de nós, podemos subir até alcançarmos Dvekut (adesão) com Ele.
Por isso, só precisamos de revelar a necessidade, a carência pelo Criador. Está escrito: “E os filhos de Israel clamaram por causa do trabalho” (Êxodo, 2:23). Todos os gritos e contendas são revelações da nossa carência, a partir da sensação de que precisamos receber ajuda do alto.
É assim que vivemos, pela misericórdia do Criador. É também assim que a luz superior, a luz que reforma, chamada Torá, aparece e nos salva. Estes são Hassadim, a força de doação que aparece para nós. Mesmo hoje, devemos entender que, se revelarmos a carência certa, a força que nos vai libertar de todos os problemas vai aparecer, e vamos atravessar o Mar Vermelho em terra seca.

Então, o que tem a fé a ver com tudo isto? O que significa que viram o milagre e acreditaram?
A fé é a força de doação, de Bina. Através da força de doação, a pessoa vê o mundo que a rodeia, o mundo de Ein Sof (infinito), o mundo espiritual, os níveis e as forças. No entanto, ainda não tem a visão da doação, da conexão com os outros. Quando nos conectamos com os outros, desenvolvemos novos “óculos” através dos quais vemos o mundo inteiro como algo circular, com apenas uma força a operar nele.
A sabedoria da Cabala ensina-nos como descobrir a força do Criador que opera no mundo, o método de revelar a Sua divindade às Suas criações neste mundo.

Parece que o Criador coloca continuamente o povo de Israel em apuros, como a água amarga, e depois os livra, como ao transformá-la em água fresca. O que representa este processo?
Precisamos entender que só conseguimos descobrir as coisas ao ver os dois lados, a escuridão e também a luz, como “do interior da escuridão advém a luz” (Eclesiastes, 2:13). É por isso que continuamos a descobrir que o nosso ego é pior do que pensávamos, e procuramos uma saída, compreendendo que a força superior tem de estar envolvida.
Quando nos tornamos conscientes de que precisamos da força superior e clamamos por ela, o Criador aparece. De cada vez, temos de chegar a esse estado — revelando a carência, a necessidade da ajuda do Criador para que Ele possa aparecer. É assim que construímos o nosso Kli (vaso), e é por isso que comemos o maná (MAN) no deserto. Nunca somos os donos, os proprietários; limitamo-nos a pedir que o processo aconteça.
O mesmo acontece hoje no processo que estamos a atravessar e nos processos ainda mais difíceis que virão. Afinal, o objetivo do processo é apenas levar-nos a um estado de descontrolo total, impotência e desespero, que obriga a força superior a aparecer, pois sem ela não seremos capazes de avançar. Quanto melhor compreendermos o processo, esta predisposição, e quanto melhor nos prepararmos para ele, mais seremos capazes de atrair a força superior antes de chegarmos a um estado de desespero. É por isso que foi dada a Torá, o interior da Torá, a sabedoria da Cabala, para sabermos como prescrever a cura antes da doença.

Hoje é muito difícil fazer as pessoas compreenderem que não têm controlo. Estamos habituados a pensar que, através da ciência e da tecnologia, controlamos a natureza.
Assim foi até ao surgimento da crise. Agora percebemos que não controlamos nada. Não controlamos o sistema educativo, as nossas famílias, nós próprios, o terrorismo, o comércio, a economia ou as finanças, e estes são sinais da crise abrangente, do colapso sistémico em que todos os sistemas estão a desmoronar. Estamos a chegar a um estado em que não temos controlo e precisamos de uma revelação especial da força coletiva da natureza.
Estamos construídos de tal forma que cada um de nós puxa para o seu lado, e a crise que surgiu prova que estamos todos interligados, dependentes uns dos outros, e que só nessa dependência mútua seremos capazes de resolver o problema. No entanto, como não conseguimos estabelecer uma conexão de Arvut (garantia mútua), precisaremos da ajuda da força superior. Vai demorar muito até compreendermos que precisamos da força de unidade, que é o Criador a fazer a paz entre nós, como está escrito: “Ele que faz a paz nos céus, fará a paz sobre nós e sobre todo o Israel” (da oração Kadish).

O que representa o processo de atravessar o Mar Vermelho?
Quando Malchut entra em Bina, há águas superiores e águas inferiores. Do mesmo modo, no momento da criação do mundo, há a força superior que vem e deixa o desejo de receber entrar no mar, na água, ou seja conectar o desejo de receber com o desejo de doar. O desejo de receber é a força da terra. Israel, que conecta a força da terra, revela o chão dentro do mar, enquanto o próprio mar é a força de doação, onde existem Gevurot, um mar tempestuoso.
Israel revela também a força especial, Nachshon, que salta primeiro para a água. É uma força dentro de nós que está disposta a seguir com total dedicação apenas para alcançar a qualidade de doação, a conexão com Bina, aconteça o que acontecer. Desta forma, ao sairmos, fazemos o primeiro contacto com o desejo de doar. Toda a fuga do Egito é uma fuga de nós próprios para todos, para nos conectarmos com os outros.
Do Zohar: E Faraó Aproximou-se
Israel aproximava-se do mar e viu o mar diante de si tornar-se mais tempestuoso, as suas ondas erguendo-se retas para cima. Ficaram com medo. Levantaram os olhos e viram Faraó e o seu exército, e fundas e flechas, e ficaram aterrorizados. “E os filhos de Israel clamaram.” Quem fez Israel aproximar-se do seu pai no céu? Foi Faraó, como está escrito: “E Faraó aproximou-se.” Zohar para Todos, BeShalach (Quando Faraó Enviou), item 67
De cada vez, o nosso ego desperta e não nos deixa avançar. Na verdade, ele faz o trabalho por nós, porque Faraó, o ego, é o lado posterior do Criador. Ele criou o desejo de receber, e Ele revela-se constantemente a nós até vermos que esse desejo de receber, a serpente, está a levar-nos à morte, e por isso temos de fugir dela.
Hoje estamos numa situação semelhante. Estamos a aprender gradualmente que o nosso ego não nos deixa conectar e construir sistemas adequados, viver em famílias, nações e estados, construir o planeta e o mundo como algo circular e conectado, pois é isto que nos vai levar à correção. É por isso que estamos a viver numa época especial em que teremos verdadeiramente de determinar que Arvut (garantia mútua) é a conexão entre nós.

Moisés foi instruído a escrever num livro que a memória de Amalec seria apagada. O que é um livro no sentido espiritual?
Um livro é uma revelação. É uma revelação que temos no livro da Torá, que descreve os trabalhos do Criador em relação à criatura. Agimos através destas revelações, através das letras, que são escritas a preto sobre branco, para apagar a intenção de Amalec, ou seja, transformar o desejo de receber para si mesmo num desejo de receber para doar. Isto é chamado Ratzon (desejo), Eretz (terra), e “para doar” é como o Criador, quando alcançamos Yashar El (direto a Deus), Ysrael (Israel).
Ou seja, Amalec é o oposto da terra de Israel. Amalec é um termo geral, muito parecido com Hamã, a serpente e Faraó, exceto que também contém partes menores e específicas. Aprendemos que, a cada vez, o povo de Israel os enfrenta. Cada pessoa é como o povo de Israel—feito das qualidades de doação que estão colocadas sob o desejo de receber.