Números, 16:1-18:32
Porção Korah - Porção Semanal da Torá - GlossárioResumindo
A porção começa com a história de Datã e Abirã, e 250 dos presidentes da congregação que se rebelaram contra Moisés e Aarão com o que parecia ser um argumento justo: uma vez que toda a nação é sagrada, Moisés e Aarão deveriam ter o mesmo estatuto que o resto do povo. A resposta que receberam foi que, embora todos sejam iguais, Moisés e Aarão são os líderes que podem estar em contacto com o Criador. Após a revolta, a terra engoliu os 250 presidentes da congregação, bem como Coré e a sua companhia, e o povo sofreu uma praga até que Moisés pediu ao Criador que a terminasse.
O final da porção debate a questão da liderança na nação. Foi realizado um teste entre todos os cajados dos líderes, e o único que floresceu foi o cajado de Aarão, o que sinalizou a sua liderança inequívoca.
Comentário do Dr. Michael Laitman
Podemos interpretar a explicação da Torá (Pentateuco) em dois níveis — o nível deste mundo e o nível do mundo espiritual oculto. No nível do nosso mundo, a história de Coré é muito relevante ainda hoje.
Durante milhares de anos, o nosso mundo tem-se desenvolvido através dos nossos egos. Há 3.800 anos, vivíamos no que hoje é conhecido como a Antiga Babilónia. Foi então que Abraão, a qualidade de Hesed (misericórdia), surgiu, assim como os sacerdotes que o seguiram, também da qualidade de Bina, Hassadim.
Abraão descobriu que todo o mundo deve desenvolver-se e alcançar um estado de unidade e conexão, e partilhou a sua revelação com os babilónios. Embora muitos o seguissem, eram poucos comparados com a maioria que rejeitou as suas ideias. Abraão teve de fugir da Babilónia, perseguido por Nimrod, o rei da Babilónia.
Abraão estabeleceu um método para corrigir a natureza humana. Hoje chamamos esse método “a sabedoria da Cabala”, cujo propósito é elevar o homem das profundezas do egoísmo ao nível da doação e do amor.
Esta ascensão é, de facto, o objetivo do nosso desenvolvimento, elevar-nos do nível deste mundo ao nível do mundo espiritual. A espiritualidade é a doação e o amor aos outros, através dos quais adquirimos a eternidade e a plenitude. Este é o significado do texto desta porção, bem como do Livro do Zohar, que fala da libertação do anjo da morte.
Segundo a sabedoria da Cabala, inicialmente todos na Babilónia estavam unidos como uma só nação, falando a mesma língua. Mas depois a “praga” do ego irrompeu e as pessoas começaram a odiar-se, acabando por se afastar umas das outras. Como os babilónios não aceitaram o método de correção de Abraão (mas sim o de Nimrod), a humanidade dispersou-se pelo globo.
A Cabala explica que, a partir do momento em que as pessoas escolheram entre os métodos, tornou-se necessário reuni-las. Essa unidade virá porque somos obrigados a alcançá-la. Se nos tivéssemos corrigido então, teríamos alcançado a unidade ainda na Babilónia e teríamos atingido o propósito da Criação, que é sermos “como um só homem com um só coração”; teríamos alcançado a revelação da Divindade e concluído a correção. Mas como os babilónios escolheram um caminho diferente, somos agora compelidos a seguir o processo de correção.
Descemos ao Egipto e saímos de lá, ascendendo em espiritualidade ao nível do Primeiro Templo, seguido pelo Segundo Templo. Passámos por destruições, exílios, redenções, e hoje estamos no fim do último exílio, a começar a subir para a redenção final e completa.
Hoje estamos numa situação muito semelhante à que se formou na Babilónia. A diferença é que agora não temos para onde nos dispersar, pois já cobrimos o globo. Embora possam existir muitos “Nimrods” hoje, eles não podem dizer nada porque já reconhecemos a negatividade em nós; já estamos conscientes de que os nossos egos estão a destruir a sociedade humana. A realidade mostra que, se não nos unirmos, desapareceremos da face da terra. O pior cenário é que nos destruamos a nós mesmos, ou que a ecologia e o resto da Natureza nos elimine, pois vivemos em oposição à Natureza, que é Deus.
Em Guematria, Hateva (Natureza) é Elokim (Deus). Devemos alcançar o equilíbrio com a Natureza, e isso é conseguido unindo-nos “como um só homem com um só coração”. A unidade não diz respeito apenas ao pequeno número de pessoas que fugiu da Babilónia, esteve ao pé do Monte Sinai, recebeu a Torá e se tornou uma nação. Pelo contrário, diz respeito a todos.
Os judeus devem ser “uma luz para as nações”, explicando-lhes o método de Abraão, pelo qual todos nos unimos, como está escrito na Torá: “Todos Me vão conhecer, desde o menor até ao maior deles”, e “Pois a Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”, e ainda, “E todas as nações vão fluir para Ele”.
Estamos diante de um desafio enorme e crucial: alcançar finalmente o propósito da criação. Só teremos sucesso nisso através da unidade entre todos os povos.
Essa unidade pode acontecer após grandes sofrimentos, que a sabedoria da Cabala e os profetas profetizaram sobre os dias do Messias, mas também podemos escolher o método da Cabala, que é destinado a atrair a luz que reforma.
Os cabalistas advertem-nos de que, se não utilizarmos a sabedoria da Cabala, uma terceira e até uma quarta guerra mundial eclodirão, de que apenas um punhado vai sobreviver, e esses ainda terão de cumprir o propósito da criação. Por isso, não temos escolha senão fazê-lo. Podemos fazê-lo de uma forma favorável, que é curta, agradável e fácil, através do Livro do Zohar, dos escritos do ARI (Rav Isaac Luria) e dos escritos de Baal HaSulam (Rav Yehuda Ashlag), utilizando-os para nos unir através da luz que nos vai afetar. A Cabala é chamada “o interior da Torá”, “a verdadeira Torá (ensino/instrução)”, devido à luz que contém. Por esta razão, hoje devemos explicar a todos a necessidade de revelar e utilizar este método.
A história de Coré é um exemplo perfeito das palavras acima mencionadas. Coré provinha da tribo de Levi. Datã, Abirã e 250 representantes de toda a nação, de todas as tribos, aparentemente opuseram-se à unidade. Rejeitaram a hierarquia, mas não havia outra escolha. Deve haver um líder, Moisés, que conecta o Criador aos sacerdotes, seguido pelo seu irmão sacerdote, Aarão, a linha da direita, a qualidade da misericórdia que eles ensinavam ao povo. Os que concretizavam todo o trabalho, além dos sacerdotes, eram os levitas, seguidos pelo resto das tribos, que estavam organizadas de acordo com a estrutura da alma comum.
O Criador criou uma única alma, um único desejo. O povo de Israel está organizado por essa estrutura, e o resto da humanidade deve conectar-se em volta dela. Quando as pessoas se levantam subitamente e dizem: “Não! Queremos uma ordem diferente; não queremos estar tão estreitamente conectados”, isso vai contra o propósito da criação, contra a própria unidade.
“Ama o teu próximo como a ti próprio” é a regra que induz a conexão entre nós. É o grande Klal (“regra”, mas também “coletivo”) da Torá. É um Klal que é um Kli [Vaso] comum que construímos e no qual a luz (o Criador) se manifesta. Não temos outro meio senão a unidade entre nós, sermos “como um só homem com um só coração”, em garantia mútua, em conexão, tal como quando recebemos a Torá. É assim que nós, as criaturas, alcançamos a revelação do Criador.
É por isso que não há nada pior do que o que Coré fez. Isso é chamado “uma disputa não pelo amor do Criador”, o que é diferente de outras disputas, como a entre a casa de Shamai e a casa de Hillel, que são “disputas pelo amor do Criador”, onde as questões são discutidas e examinadas.
Há a direita e há a esquerda. Cada vez que adquirimos um pouco mais de espiritualidade, um ego maior, a linha da esquerda, aparece em nós. Quando adquirimos um pouco mais de espiritualidade, a linha da direita, Aarão, os Dinim (julgamentos) reaparecem. É assim que ascendemos, como se caminhássemos com duas pernas, subindo de um degrau para o próximo, como numa escada.
As linhas da direita e da esquerda aparecem alternadamente, uma a uma. A linha da esquerda dá a substância, e a linha da direita corrige-a para ter a intenção de doar. Um desejo egoísta, por um lado, e a linha da direita que vem e o corrige para ser com o intuito de doar aos outros, por outro lado.
É assim que avançamos, e é por isso que a sabedoria da Cabala incentiva o aumento do desejo, daí o seu nome, “sabedoria da Cabala (recepção)”. Ela ensina-nos como receber tudo, toda a luz, para alcançar o objetivo na sua totalidade. A Cabala é destinada especificamente às pessoas mais egoístas, mas que também sabem como corrigir os seus egos.
Este é o método de Abraão, que difere de todos os outros métodos que surgiram na Babilónia. Abraão também ensinou outras nações, como os filhos das concubinas que teve, que enviou para o oriente. Ele ensinou-lhes o método oposto, pois, se não se corrige o ego usando a sabedoria da Cabala (atraindo a luz que reforma), é melhor manter o ego sob controlo e não o deixar crescer.
Para esse fim, ele deu-lhes métodos, religiões e crenças que incentivam a diminuição dos desejos e das ânsias e o tratamento gentil dos outros, reduzindo o mais possível o desejo de receber. Ele fez isso porque, se uma pessoa não sabe como corrigir um desejo, é melhor ter um ego pequeno do que um grande, causando assim menos dano a si mesma e aos outros.
Mas quando usamos a sabedoria da Cabala, utilizamos o maior ego. E quando ele cresce, ficamos ainda mais felizes porque “aquele que é maior do que o seu amigo, a sua inclinação é maior do que ele”, exceto que essa inclinação é corrigida.
É por isso que Coré quis dividir, romper a conexão. O que ele realmente queria era quebrar essa escada. Ele queria que o povo de Israel não estivesse conectado, que não estivéssemos sob essa hierarquia, de acordo com a estrutura adequada das tribos.
As tribos são Yod–Hey–Vav–Hey. Quando se multiplicam as quatro letras pelas três linhas incluídas em cada uma delas, obtêm-se as doze tribos. Coré queria quebrar a estrutura, mas isso é impossível porque sem essa estrutura é impossível alcançar o objetivo. É por isso que o seu pecado é tão grave, sendo chamado “uma disputa não pelo amor do Criador”, não na direção do progresso.
O argumento de Coré e da sua companhia parecia justo. Tudo o que pediam era igualdade. Não disseram que não queriam unir-se, pelo menos não abertamente. Apenas perguntaram por que Moisés e Aarão tinham um estatuto superior e pediram provas de que eram superiores ao resto do povo.
É impossível interromper o processo de correção a meio. Não se mostra a um tolo um trabalho pela metade. Coré estava certo ao dizer que todos alcançaremos a igualdade, “como um só homem com um só coração”, um único desejo. No entanto, este é o fim do processo, que acontecerá no final da correção, não a meio, na etapa do deserto.
O deserto é uma etapa intermédia que atravessamos para adquirir a qualidade de Bina, a intenção de doar para doar. Só depois vem a entrada na terra de Israel, onde transformamos o desejo de receber em doação completa, uma intenção de receber para doar. No deserto, a pessoa ainda está apenas a conquistar o seu próprio ego, não o deixando explodir para receber para si própria e contra os outros. É um nível chamado Hafetz Hesed (desejando misericórdia).
Nestes níveis, é impossível fazer o que Coré diz. Por um lado, ele tem razão, mas, por outro, é o momento errado. Chegará um tempo em que esse desejo será realizado, mas não é agora. Os desejos e reivindicações das pessoas, sejam bons ou maus, só se satisfazem plenamente no final da correção.
A solução está no Mateh (cajado). Mateh significa que sabemos para onde ir e como lá chegar. Recebemos um sinal de que não podemos avançar no caminho em que estamos, a menos que usemos a luz da fé, seguindo o cajado de Aarão e o cajado de Moisés.
Perguntas e Respostas
Como o Paternalismo Acaba por se Tornar Positivo
A Torá explica a nossa interioridade, as nossas qualidades, os nossos pensamentos, emoções e desejos. As lutas que temos não são apenas entre nós, mas também dentro de nós. Queremos avançar egoisticamente, mas sabemos que isso é errado e temos de superá-lo e seguir um caminho de doação e amor aos outros. Afinal, está escrito assim, e este é o propósito e a qualidade do Criador (doação e amor) e nós somos opostos à qualidade do Criador.
Estes cálculos estão sempre a trabalhar dentro de nós e atiram-nos de um lado para o outro. Cada um de nós tem um Faraó interior, um Coré interior, um Haman, um Moisés e um Aarão. Somos “pequenos mundos”, feitos de todas as forças. À medida que avançamos no caminho espiritual, essas forças crescem e tornam-se contraditórias, e encontramo-nos no meio de grandes batalhas internas.
É por isso que as pessoas estão corretas, quando vistas da sua própria perspetiva subjetiva. Estas são forças da Natureza, que o Criador criou, e há uma boa razão para que a pessoa pense de uma maneira ou de outra. Afinal, todas estas forças (das piores às melhores) existem na Natureza.
A questão é como a pessoa as usa. Não devemos apagar nada que exista dentro de nós. No final, corrigimos até o Coré que há em nós. A pessoa corta a besta dentro de si, queima-a e derrama o resto do seu sangue.
Por agora, quando realizamos tais ações físicas, não temos ideia do que elas representam internamente. No máximo, apenas “congelamos” o desejo, mas isso também é uma correção, para o usar mais tarde.
Por que Coré o Vê como Paternalismo?
Há sempre uma luta entre as forças dentro de nós. Colocamo-nos na balança e devemos assegurar que uma força não sobreponha a outra, que a linha da direita não esteja muito abaixo da esquerda. Devemos manter constantemente a direita acima da esquerda. Isso chama-se “caminhar na linha da direita”. O mandamento é estar sempre na direita, embora a linha da esquerda cresça correspondentemente e nos equilibre para que ainda avancemos na direita.
Essa sensação de luta interna é uma sensação muito boa. Cada vez, sentimos o quanto estamos imersos nestas mudanças. É como uma roda, onde o topo avança e o fundo parece recuar, mas a roda está constantemente a mover-se para a frente.
A Correção de Ser “Engolido” pela Terra
“A terra” é o desejo geral de receber, a força que atualmente não conseguimos usar corretamente, com o objetivo de doação. A sua correção é semelhante à que fazemos com um corpo morto: enterrámo-lo.
Um desejo “morto” é aquele que não podemos usar com o objetivo de doação e que surgiu em nós com o objetivo de receber. Esse objetivo de receber é Coré. O desejo em si não é bom nem mau; o que importa é a intenção, se usamos esse desejo para nosso benefício ou em benefício dos outros. A Torá instrui-nos sobre como examinar com precisão a nossa intenção, se é para nós próprios ou para os outros, e devemos transformar a intenção de receber para nós em benefício dos outros, em doação.
A pessoa ou “enterra” a intenção de receber na terra, ou a queima. Ou seja, ou a terra a engole, ou ela é oferecida como oferta queimada (em hebraico: Korban, da palavra Karov — próximo) para nos aproximarmos. Quando corrigimos esse objetivo de receção para doação, aproximamo-nos do Criador, daí o nome Korban.
Estas correções não têm nada a ver com pessoas de carne e osso ou eventos trágicos como ser engolido pela terra, queimado ou morrer por uma praga, embora essas coisas ocorram no nosso mundo. Pelo contrário, estas descrições referem-se a correções que acontecem dentro de nós. É por isso que se diz que o homem é um pequeno mundo.
Precisamos de verificar e encontrar Coré, Abirã, Datã e os 250 presidentes dentro de nós, o que significa ser igual ou não, e qual é o propósito da criação. É por isso que precisamos de organizar os nossos desejos e as nossas intenções.
Também devemos procurar e descobrir o que são o cajado de Aarão, o cajado de Moisés e o que significa o seu florescimento dentro de nós — que ao longo do caminho uma pessoa abre o Kli [Vaso] para a receção da luz superior e assim avança.
E Coré Pegou
“Coré seguiu o caminho da disputa, que é remover e repelir acima e abaixo. E quem deseja repelir a correção do mundo perde-se de todos os mundos. Uma disputa é a remoção e repulsão da paz. E quem discorda da paz discorda do Seu Nome Sagrado, pois o Seu Nome Sagrado é chamado de Paz.” Zohar para Todos, Coré, item 5
Shalom (paz) refere-se a Shlemut (plenitude), um estado que alcançamos quando as linhas esquerda e direita se complementam. A nossa natureza e a natureza do Criador igualam-se e alcançam conexão e Dvekut (adesão). Este é o resultado desejável que produz paz, para que nunca estejamos em oposição, separados ou distantes, mas sim tão conectados que seja impossível distinguir-nos.
Devemos alcançar Dvekut com a Divindade, quando Ele e nós nos tornamos um só. Por mais irrealista que pareça, é o objetivo, e devemos avançar para ele. Quanto mais avançarmos por nós próprios, mais sofrimento pouparemos a nós próprios.
A Razão das Dúvidas no Caminho Espiritual
A razão pela qual estamos constantemente cheios de perguntas e incertezas é que devemos desenvolver-nos. Quando enfrentamos dúvidas sérias, podemos chegar a um estado em que pedimos que a terra “se abra e nos engula inteiros”. Podemos parecer os operadores, mas na verdade é o Criador quem opera. Nós apenas observamos os eventos que acontecem diante de nós, como se um filme estivesse a ser projetado dentro de nós.
Gradualmente, desenvolvemos uma visão interior que deteta qualidades como Moisés, Aarão, Coré, Datã, Abirã, tribos, cajado e a terra dentro de nós. Organizamos esses elementos nas nossas qualidades e vemos a situação como uma imagem dentro de nós. Isso ilumina como avançamos enquanto examinamos a rede de conexões entre os elementos.
Dentro dessa rede interna de qualidades, os 613 desejos egoístas que visam receber, redirecionamos os nossos desejos para que funcionem com o objetivo de doação. Isso chama-se “cumprir as 613 Mitzvot (mandamentos)”. A luz que vem e corrige a intenção de receber para uma intenção de doação chama-se “realizar uma Mitzva (correção/boa ação)”.
Ao realizar as Mitzvot, descobrimos o nosso mundo interior, e nesse mundo vemos como nos conectamos aos outros. É assim que descobrimos as nossas almas e aprendemos a preenchê-las. São estas as análises, lutas e conexões que passamos, e as realizações que recebemos. É assim que descobrimos o trabalho do Criador. Este é o verdadeiro trabalho de Deus que realizamos.
Desta forma, chegamos a um estado em que entendemos o propósito da criação, a correção da criação e como a levar a cabo. No final, chegamos a um estado em que entendemos tudo. Chama-se “E todos Me vão conhecer, desde o menor até ao maior deles”. Obtemos um Kli [Vaso] completo que é chamado “uma casa”, “Pois a Minha casa será chamada uma casa de oração para todos os povos”. É a casa de todos os nossos desejos; estão todos lá, e em todos eles sentimos realmente a Divindade em toda a nossa alma.