11. Relativamente ao conceito de “Ter deleite no Temor”, no trabalho
Eu ouvi em 1948
A alegria é considerada ‘amor’, que é ‘existência’. Isto é semelhante a alguém que constroi para si uma casa sem fazer quaisquer aberturas nas paredes. Conclui-se que não pode entrar na casa, pois não há uma abertura nas paredes (original em hebraico ‘espaço vazio’) criando um lugar por onde se possa entrar. Por conseguinte, é necessário criar uma abertura (original em hebraico ‘espaço vazio’) através do qual possa entrar na casa.
Assim, no lugar onde há ‘amor’, deve também haver ‘temor’, pois o ‘temor’ é o ‘espaço vazio’. Ou seja, é necessário despertar o ‘temor’ de que talvez não se consiga direcionar a intenção para a doação.
Acontece que, quando ambos estão presentes, há plenitude. Caso contrário, cada um tende a anular o outro. Por esta razão, devemos esforçar-nos para ter ambos no mesmo lugar.
Este é o significado da necessidade de ‘amor’ e ‘temor’. O ‘amor’ é chamado de ‘existência’, enquanto o ‘temor’ é chamado de ‘carência’ e ‘espaço vazio’. Somente na união dos dois é que há perfeição. Isto é chamado de “duas pernas”, pois é precisamente com duas pernas que se pode caminhar.