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Rabash

Notas
1. Atzilut é Providência Privada 2. O Embate dos Pensamentos sobre o Homem 3. Contra a Tua Vontade - 1 4. Se Houver uma Donzela Virgem 5. O Significado dos Pecados Que Se Tornam Méritos 6. Um Gentio Que Cumpre o Shabbat Deve Morrer 7. A Correção das Linhas 8. Este é o Caminho da Torá - 1 9. O Silêncio - Uma Proteção Para a Sabedoria - 1 10. Pois a Quem o Senhor Ama, Ele Repreende - 1 11. O Temor de Ti e o Pavor de Ti Estarão Sobre Todos os Animais da Terra - 1 12. A Totalidade do Mundo é Nutrida Pelo Meu Filho Hanina - 1 13. Uma Mão no Trono do Senhor - 1 14. Assim Dirás à Casa de Jacob 15. Ordenanças 16. A Coisas Contadas do Tabernáculo - 1 17. Relativamente à Shechina [Divindade] 18. As Vestimentas da Alma - 1 19. Começar a Falar da Conexão Com o Criador 20. Relativamente ao Desejo de Receber - 1 21. Santificação do Mês 22. E Vocês, Israel 23. Eis que Coloco Diante de Vós 24. A Nossa Necessidade Principal 25. A Questão da Convocação Para a Benção da Comida 26. Aquele que não vai Levantar o Rosto 27. Três Linhas - 1 28. A Terra Temeu e Ficou Quieta 29. O Criador Observou as Suas Ações 30. Afasta-se do Mal e Faça o Bem - 1 31. Como Amo a Tua Torá 32. A Grandeza do Homem é de Acordo com o Seu Trabalho 33. O Que é Amaleque, Cuja Memória Devemos Apagar 34. TANTA [Taamim, Nekudot, Tagin, Otiot] 35. Encontrar Favor e Bom Senso 36. Escuta Uma Oração 37. Peixes Significam Preocupações 38. A Bênção da Torá 39. Alguém Com Quem o Espírito das Pessoas Está Satisfeito - 1 40. Relativamente às Duas Testemunhas 41. Levantar as Mãos 42. Servir o Criador com Alegria 43. Os Discernimentos de “Mulher” e “Filhos” na Torá 44. “Ruína pelos anciãos — construção; construção pelos jovens — ruína” 45. Filhos de Discípulos Sábios 46. Este Momento e o Próximo Momento 47. Pior Que Todos 48. Direita, Completude, e Verdade 49. A Nossa Fé nos Livros e Autores 57. Um Kli [Vaso] que Contém uma Bênção 60. Um Pedido por Ajuda 66. Ai de Vocês que Aguardam o Dia do Senhor 70. A Diferença entre Kedusha [santidade] e Sitra Achra [outro lado] 83. Uma Oração por Vida e Sustento 103. A Unificação de ZON 146. Sofrimento e Alegria 162. Amor aos Outros 164. O que Pedir ao Criador — ser o Seu Servo 185. Sobre os Shekalim – 1 198. Hochma e Hassadim 201. Elevar MAN - 1 202. Relativamente ao Temor 203. A Torá é Adquirida através do Sofrimento 208. O Significado de Pó 212. Um Heichal [Palácio] 217. Corre Meu Amado 230. Estarei Eu no Lugar de Deus? 236. Toda a Terra está Plena da Sua glória 246. Sobre os Shekalim – 2 266. Aquele Que Está Estabelecido Entre Nós 349. A Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal 381. Pois o Senhor escuta os Pobres 626. Tudo o que o Misericordioso Faz, Ele Faz Para o Melhor 638. A Inclinação do Homem 641. A Herança da Terra 674. Repreender o Outro 759. O Homem Como Um Todo 821. Vamos Fazer e Vamos Ouvir - 2 824. Interioridade e Exterioridade 910. Até Não Saber 913. Ele Contempla a Sua Lei

Michael Laitman

21. Santificação do Mês


“Este mês será para vocês o princípio dos meses (Êxodo 12)”.
RASHI interpretou: “Moisés estava perplexo quanto ao nascimento da lua: Até que ponto ela deveria ser vista para estar apta à santificação? Ele mostrou-lhe com o dedo a lua no firmamento e disse-lhe: ‘Isto verás e santificarás.’”
Os intérpretes perguntaram: O que era tão surpreendente para Moisés acerca da santificação da lua? Além disso, qual é a conexão com ‘mostrar-lhe com o dedo’? O que a palavra “dedo” implica para nós?
Baal HaSulam disse que a lua remete para Malchut, que se refere à aceitação do jugo do reino dos céus. Era difícil para Moisés dizer ao povo de Israel que assumisse sobre si o jugo do reino dos céus enquanto sentiam ocultação. É razoável pensar que, se ele abordasse o povo de Israel para assumir o reino dos céus com alguma revelação da Divindade, haveria algo sobre o qual falar com eles. Mas com a intenção de que a lua ainda não está cheia e deve ser santificada no momento do seu nascimento, quando ainda não é evidente como ela recebe a luz do sol, e quando ainda não brilha, ainda assim nesse momento deve ser santificada?
O significado é que a pessoa deve assumir sobre si o jugo do reino dos céus na qualidade mais inferior e dizer que, para ela, mesmo esse estado, o mais inferior que pode existir, ou seja, um que está inteiramente acima da razão, quando não tem apoio do intelecto ou da sensação, ainda assim pode construir os seus alicerces sobre isso. Nesse momento, ele está, por assim dizer, entre o céu e a terra, sem nenhum apoio, pois então tudo está acima da razão. Então, a pessoa diz que o Criador lhe enviou este estado, onde ele está em total inferioridade, porque o Criador quer que ela assuma sobre si o jugo do reino dos céus nesta forma de inferioridade.
Nesse momento, porque ele acredita acima da razão, ele assume que a situação em que se encontra agora, vem do Criador, ou seja, que o Criador quer que ele veja o estado mais inferior possível que pode existir no mundo.
E, ainda assim, ele deve dizer que acredita no Criador de todas as formas. Isso é considerado como uma rendição incondicional. Ou seja, a pessoa não diz ao Criador: “Se me deres uma boa sensação, de sentir que ‘toda a terra está plena da Sua glória’, estarei disposto a acreditar.”
Pelo contrário, quando não tem conhecimento ou sensação de espiritualidade, ele não pode aceitar o jugo do reino dos céus e cumprir a Torá e as Mitzvot [mandamentos]. Pelo contrário, ele deve aceitar o reino dos céus incondicionalmente.
Isso é o que surpreendeu Moisés: Como poderia ele aproximar-se do povo de Israel com tal inferioridade? Foi acerca disto que o Criador lhe mostrou com o dedo e disse: “Isto verás e santificarás,” ou seja, a lua no momento do seu nascimento, quando o seu mérito ainda não é evidente.
E precisamente aceitar o reino dos céus na inferioridade vai revelar o que nossos sábios disseram: “Rabino Elazar disse: ‘O Criador está destinado a perdoar os justos e habitar entre eles no Jardim do Éden, e cada um vai apontar com o seu dedo, como foi dito: ‘E ele disse naquele dia: ‘Eis, este é o nosso Deus por quem esperamos, e Ele vai salvar-nos. Este é o Senhor por quem esperamos; regozijemo-nos e alegremo-nos na Sua salvação’’’” (Taanit 31).
Conclui-se que a indicação de que o Criador aponta para a lua com o dedo e diz: “Isto”, por isso somos recompensados com cada um apontando com o seu dedo: “Vejam, este é o nosso Deus.”