7. A Correção das Linhas
A Correção das Linhas. A linha da direita é o branco de Abba [pai]. Através do aparecimento da luz de Hochma [sabedoria] nas 320 centelhas, a Malchut de cada Melech [rei] desce novamente ao seu lugar, pois há um Tzimtzum [restrição] sobre a Aviut [espessura], e quando a Aviut é incompatível, ela deve descer.
Podemos interpretar que através da luz de Hochma descer a Aviut, o que significa que a pessoa sente que não há nada mais inferior do que trabalhar para si própria, mas ainda é incapaz de trabalhar em benefício dos outros, ou seja, de doar. É por isso que precisamos uma linha da esquerda, considerada como “o vermelho de Ima [mãe]”.
Assim, o núcleo das Sefirot expande-se a partir da linha da direita, como uma pessoa que possui cinco sentidos (visão, audição, olfato, fala e tato) mas, para que sejam ativados, é necessário um objetivo.
Por essa razão, quando o branco de Abba surge, a pessoa percebe que não vale a pena trabalhar com a “visão, audição, olfato e fala” para seu próprio benefício. Assim, permanece inativa, como se estivesse adormecida, como se os seus sentidos estivessem inativos por falta de combustível. Mas trabalhar com os sentidos para doar, ela ainda não alcançou esse conhecimento, que também é um objetivo.
Para obter o poder de doar, ela deve receber da linha da esquerda, chamada “vermelho de Ima”, que é a Malchut mitigada com Bina, o que significa que o seu desejo de receber vai aceitar o trabalho de doação, que é a qualidade de Bina.
Posteriormente, quando possui o combustível da doação, quando realiza um Zivug [acoplamento] sobre essa qualidade, ou seja, quando executa ações com essa qualidade, o versículo “Eu vou abençoar-te em tudo o que fizeres” torna-se realidade. Ou seja, a luz superior unifica-se sobre essa qualidade, e isso é chamado de “linha do meio”, quando a luz está na unificação das duas linhas, direita e esquerda, e isso já é a plenitude.