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"Hevruta" - seguindo a Lição 5. O poder espiritual inerente aos autênticos livros de Cabala
O poder espiritual inerente aos livros autênticos de Cabala
"Fundamentos da Sabedoria da Cabala" Roteiro do Curso:
"Hevruta" - seguindo a Aula 5:
O poder espiritual inerente aos livros autênticos de Cabala.
A Linguagem da Cabala - a Linguagem das Raízes e Ramos.
whorkshop:
Vamos partilhar as nossas impressões da aula anterior:
- Qual foi o ponto mais memorável para si na última aula?
- Qual ideia ou insight o/a tocou ou impressionou mais?
"A Sabedoria da Cabala não menciona nada do nosso mundo corpóreo."
- Baal HaSulam, A Liberdade
A Linguagem da Cabala - a Linguagem das Raízes e Ramos
“Não há um elemento da realidade ou um acontecimento da realidade num mundo inferior sem que se encontre um semelhante no mundo acima dele, tão idêntico quanto duas gotas de água. E são chamados de ‘raiz e ramo’.
Isso significa que o elemento no mundo inferior é considerado um ramo do seu padrão que se encontra no mundo mais elevado, que é a raiz do elemento inferior, pois é lá que esse elemento do mundo inferior foi moldado e criado.
Essa foi a intenção dos nossos sábios quando disseram: “Não há uma folha de erva abaixo que não tenha a sorte e um guardião acima que a encoraja e lhe diz: ‘Cresce!’”
- Baal HaSulam, A Essência da Sabedoria da Cabala
“E portanto, os cabalistas encontraram um vocabulário fixo e explicado, suficiente para criar uma linguagem falada excelente. Esta linguagem permite-lhes conversar entre si sobre os assuntos das raízes espirituais nos mundos superiores, apenas mencionando o ramo inferior, tangível, neste mundo, bem definido para os nossos sentidos corpóreos. Os ouvintes compreendem a raiz superior para a qual esse ramo corpóreo aponta, pois está relacionado com ela como sendo o seu reflexo.”
- Baal HaSulam, A Essência da Sabedoria da Cabala
“Devemos recordar que toda a sabedoria da Cabalá se fundamenta em realidades espirituais que não ocupam tempo nem espaço. Elas não estão sujeitas a mudança nem a ausência, e todas as mudanças de que se fala nesta sabedoria não implicam que a forma inicial desapareça e seja substituída por outra diferente. Pelo contrário, a mudança acima referida implica a adição de uma forma, enquanto a primeira não se move do seu lugar, pois a ausência e a mudança são modos de conduta corpóreos…
…Isto é difícil para os principiantes, pois eles percebem as questões através de limites corpóreos de tempo, espaço, mudança e substituição. No entanto, os autores apenas recorreram a estes como sinais para apontar para as suas raízes superiores.
Por esta razão, farei um esforço por atribuir a cada palavra a sua identidade espiritual, desligada de espaço, tempo e mudança.
Cabe aos leitores memorizar profundamente o significado destas palavras, pois é impossível repeti-las todas as vezes.”
- Baal HaSulam, O Estudo das Dez Sefirot, Parte 1, Cap. 1, Luz Interior
workshop:
Por que Baal HaSulam escolheu abrir o Estudo das Dez Sefirot com esta introdução em particular?
Porque - [escolha a resposta correta]:
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Os livros cabalísticos estão cheios de exemplos tirados do nosso mundo, e isso pode criar confusão.
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Como as nossas palavras descrevem apenas a realidade deste mundo, é difícil para nós compreender palavras que descrevem uma realidade diferente.
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Não conhecemos as conexões entre raízes e ramos.
Exemplos do Dicionário da Cabala
Baal HaSulam, O Estudo das Dez Sefirot, Perguntas e Respostas sobre o Significado das Palavras:
O que é "Criador" (Parte 1, Observação Interna, 18)
O nome "Criador" relaciona-se unicamente com a inovação, significando a criação de "existência a partir da ausência", que é a substância dos vasos, definida como a "vontade de receber" em cada essência. Era necessariamente ausente em Seu ser antes da criação.
O que é "Adesão" (Parte 1, Capítulo 1, Luz Interna, 30)
É a equivalência de forma que aproxima os espirituais e os liga uns aos outros, enquanto a disparidade de forma os afasta uns dos outros.
O que é "tempo" (Parte 1, Observação Interna, 34)
É uma certa soma de fases que descem, umas das outras e se misturam umas nas outras por uma ordem de causa e consequência, como dias, meses e anos.
O que é um “lugar” (Parte 1, Observação Interna, 11)
A vontade de receber no ser emanado é o “lugar” para toda a abundância e a luz nele.
O que é corporeidade
Tudo o que é representado e percebido pelos cinco sentidos, ou ocupa lugar e tempo, é chamado de “corporeidade”.
Espiritualidade
O termo “Espiritualidade” apresentado nos livros de Cabala significa que está desprovido de quaisquer ocorrências corpóreas, significando tempo, lugar, imaginação, etc. Por vezes, indica apenas a luz superior no vaso, embora o vaso seja também espiritual em todos os sentidos.
Quatro Linguagens na Sabedoria da Cabala
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A linguagem da Bíblia — seus nomes e denominações.
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A linguagem da Halakha (leis) — muito próxima na estrutura e no estilo da linguagem da Bíblia.
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A linguagem das lendas (Aggadah) — muito distante do estilo bíblico; não adere à realidade tangível. Usa nomes e símbolos incomuns e não se relaciona com conceitos através do sistema de raiz e ramo.
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A linguagem das Sefirot e Partzufim — a linguagem mais precisa e técnica usada para descrever estruturas espirituais.
A Linguagem da Bíblia
Esta Linguagem tem duas vantagens e uma desvantage,:
1ª Vantagem: É fácil de entender, e até mesmo principiantes na realização compreendem imediatamente tudo o que precisam.
2ª Vantagem: Esclarece os assuntos de forma mais ampla e profunda do que todas as outras linguagens.
Uma desvantagem: Não pode ser usada para discutir questões específicas ou conexões de causa e efeito, pois cada assunto precisa ser esclarecido de forma completa.
Nota: A linguagem das orações e bênçãos é retirada da linguagem da Bíblia.
- Baal HaSulam “O Ensino da Cabala e a Sua Essência"
A Linguagem da Bíblia
“No princípio Deus criou os céus e a terra.”
Isso descreve duas forças em ação:
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a vontade de doar, e
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a vontade de receber (o ego).
A criatura usa ambas as forças juntas, não apenas uma, para alcançar o nível do Criador.
A Linguagem da Halakha (Leis)
Esta linguagem é totalmente retirada da linguagem da Bíblia de acordo com as raízes das leis ali apresentadas. Tem uma vantagem sobre a Bíblia — detalha muito mais cada assunto e, assim, aponta para as raízes superiores com maior precisão.
No entanto, sua grande desvantagem em comparação com a linguagem da Bíblia é que é muito difícil de entender."
- Baal HaSulam “O Ensino da Cabala e a Sua Essência"
A Linguagem da Aggadah (Lendas)
A linguagem das lendas é fácil de compreender através das alegorias que se ajustam perfeitamente ao significado pretendido. Numa análise superficial, é até mais fácil de entender do que a linguagem da Bíblia. Contudo, para uma compreensão completa, é uma linguagem muito difícil, pois não se limita a falar em sequências de raiz e ramo, mas apenas em alegorias e com um engenho notável. No entanto, é muito rica na resolução de conceitos abstrusos e peculiares que dizem respeito à essência do nível no seu estado, em si mesmo, os quais não podem ser explicados nas linguagens da Bíblia e das leis.
A linguagem do livro de Zohar
“Rabi Elazar foi visitar Rabi Yosi, filho de Lakunia, o seu sogro, e Rabi Aba estava com ele. Um homem conduzia os seus burros, ou seja, levava os seus burros.
“Conduzir” significa picar, pois é uma alcunha para o condutor de burros devido ao seu hábito de picar os burros com uma agulha para que andem mais rápido. Rabi Aba disse: “Vamos abrir as portas da Torá, pois agora é o momento e a hora de corrigirmos os nossos caminhos.”
- O Livro de Zohar com o Comentário Sulam [Escada], Introdução do Livro de Zohar, "O Condutor de Burros," Item 74
A Linguagem da Sabedoria da Cabala
"A linguagem dos cabalistas é uma linguagem no pleno sentido da palavra: extremamente precisa, tanto em termos de raiz e ramo quanto no que respeita a causa e consequência. Tem o mérito único de poder expressar detalhes subtis sem quaisquer limitações. Além disso, através desta linguagem, é possível abordar diretamente o assunto desejado, sem necessidade de o conectar com o que o precede ou sucede.
...No entanto, apesar de todos os méritos sublimes que possui, há uma grande desvantagem: é difícil de alcançar. É quase impossível compreendê-la sem a orientação de um sábio cabalista, e de um Sábio um que compreenda com o seu próprio intelecto. Isto significa que, mesmo aquele que compreende os restantes níveis, de baixo para cima e de cima para baixo, com o seu próprio intelecto, ainda assim não entenderá nada nesta linguagem até que a receba de um sábio que já a tenha aprendido diretamente do seu professor, face a face.
- Baal HaSulam “O Ensino da Cabala e a Sua Essência”
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“Assim, essas quatro linguagens — todas elas — são parte da sabedoria da Cabala e da obtenção do Criador. Não é que uma linguagem explique algo através de histórias, outra trate de história, outra com psicologia, e apenas a linguagem da Cabala pertença ao reino oculto. Não. Todas estas linguagens falam sobre a revelação do Criador aos seres criados — apenas em estilos, níveis e aspetos diferentes. Todas descrevem o que está escondido de nós.”
— Rav Michael Laitman
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“A língua não é a nossa língua física; não é fala no sentido comum. É antes um meio — um canal através do qual podemos nos conectar. No passado, por exemplo, não tínhamos a capacidade de comunicar através de ondas de rádio e meios semelhantes, e agora temos — então surgiu uma nova forma de comunicação.
Da mesma forma, estas quatro linguagens de comunicação na Cabala não são tiradas da tecnologia, mas do entendimento da alma humana e da sua conexão com o mundo espiritual. Por isso, expressamo-nos através de quatro linguagens.
Poderia dizer-se que isso deriva dos quatro níveis de grossura da vontade de receber — e eu diria sim, sim.”
— Rav Michael Laitman
PRÓXIMO TEMA DA AULA
Aula 6 — 21 de Dezembro de 2025
História & Transmissão da Cabala
- Quem é um cabalista?
- Principais marcos no desenvolvimento da Cabala.
- A conexão entre a história da humanidade e a evolução espiritual.
- Como a Cabala autêntica é transmitida através das gerações.
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