Lição 8: Liberdade de Escolha
Esta lição examina o conceito da liberdade humana, a sua existência e alcance. Explore os quatro fatores que influenciam o desenvolvimento humano e o papel crucial do nosso ambiente. Pode compreender como o crescimento espiritual de uma pessoa está entrelaçado com seu ambiente. Desvende o significado da expressão, “tudo é esperado e é dada permissão”, e suas implicações para o livre-arbítrio e o destino.
- A pessoa tem liberdade de escolha? E se sim, em quê?
- Os quatro fatores no processo de desenvolvimento humano;
- Qual é o papel do ambiente em que vivemos? Qual é a relação entre o desenvolvimento espiritual de uma pessoa e o ambiente em que ela vive?
- O que significa a frase: “tudo é esperado é dada permissão”?
“No entanto, quando examinamos os actos de um indivíduo, verificamos que são compelidos. Ele é forçado a realizá-los e não tem liberdade de escolha. De certo modo, é como um ensopado a cozinhar no fogão; não tem alternativa senão cozinhar, pois a Providência prendeu a vida com duas correntes: prazer e dor.
Os seres vivos não têm liberdade de escolha para optar pela dor ou rejeitar o prazer.
A vantagem do homem sobre os animais é que ele pode ansiar por um objetivo distante, ou seja, aceitar uma certa quantidade de dor no presente, escolhendo um benefício ou prazer futuro, que será alcançado após algum tempo. Mas, na verdade, não há aqui mais do que um cálculo aparentemente comercial, onde o benefício ou prazer futuro parece preferível e vantajoso em comparação com o sofrimento causado pela dor que aceitou suportar no presente.
Assim, apenas o prazer é extraído.
Quando tudo está dito e feito, não há diferença entre o homem e o animal. E, se é assim, não existe liberdade de escolha alguma, mas apenas uma força que nos atrai para qualquer prazer passageiro e nos afasta de circunstâncias dolorosas. A Providência conduz-nos para onde deseja, utilizando estas duas forças, sem perguntar a nossa opinião.
Além disso, até a determinação do tipo de prazer e benefício está totalmente fora da nossa liberdade de escolha, mas segue a vontade dos outros, tal como eles querem, e não a nossa. Por exemplo: sentamo-nos, vestimo-nos, falamos e comemos. Não fazemos tudo isto porque nos queremos sentar assim, ou falar assim, ou vestir assim, ou comer assim, mas porque os outros querem que o façamos dessa forma. Tudo segue o desejo e o gosto da sociedade, e não a nossa própria escolha..
Além disso, na maioria dos casos, fazemos tudo isto contra a nossa vontade. Seria mais confortável comportarmo-nos de forma simples, sem qualquer fardo. "Contudo, estamos acorrentados com grilhões de ferro, em todos os nossos movimentos, aos gostos e modos dos outros que constituem a sociedade."
Então, digam-me, onde está a nossa liberdade de escolha?“
Baal HaSulam “A Liberdade”
“Convém notar que cada manifestação que acontece nos seres do mundo deve ser entendida não como algo que surge do nada, mas como algo que surge de algo existente, através de uma entidade real que abandonou a sua forma anterior e revestiu a forma atual.
Portanto, devemos compreender que, em cada ocorrência no mundo, existem quatro fatores que, juntos, dão origem a essa ocorrência. São eles:
-A Origem.
-A conduta imutável de causa e efeito relacionada com o próprio atributo da Origem.
-As suas condutas internas de causa e efeito que mudam pelo contacto com forças externas.
-As condutas de causa e efeito de elementos externos que a afetam do exterior.”
Baal HaSulam “A Liberdade”
“A soberania do homem sobre si mesmo é medida apenas na escolha do ambiente, e por isso ele deve receber recompensa ou castigo.” Baal HaSulam, “A Liberdade”
Importância do Ambiente em que a Pessoa se Encontra“...Podemos sempre acrescentar a questão da escolha do nosso ambiente, como os amigos, os livros, os professores, e assim por diante. É como uma pessoa que herdou algumas espigas de trigo do seu pai. Com esta pequena quantidade,ela pode cultivar muitas dezenas de espigas através da escolha do ambiente para a sua origem, que é um solo fértil contendo todos os minerais e matérias-primas necessários para nutrir o trigo abundantemente.
...Há também a questão do trabalho de melhorar as condições do ambiente para se ajustarem às necessidades da planta e do crescimento, pois o sábio fará bem em escolher as melhores condições e terá sucesso. Já o insensato vai aceitar o que lhe surgir pela frente e, assim, transformará a sementeira numa maldição ao invés de uma bênção.”
Baal HaSulam “A Liberdade”