Lição 5: O Poder Espiritual inerente aos Livros de Cabala Autênticos

Lição 5: O Poder Espiritual inerente aos Livros de Cabala Autênticos

A lição mergulha na linguagem única da Cabala, conhecida como a linguagem das raízes e dos ramos. Descubra a força secreta dentro dos textos cabalísticos e como o estudo ajuda nosso crescimento espiritual. Descobrimos as quatro linguagens usadas para descrever os mundos espirituais, entendendo suas diferenças e significados.

Conteúdo da Lição
Materiais
  • A linguagem da Cabala - a linguagem das raízes e dos ramos.  
  • Qual é o segredo da "magia" ou do poder contidos nos livros de Cabala?  
  • Como a leitura e o estudo dos escritos da Cabala ajudam a pessoa a se desenvolver-se espiritualmente e a realizar seu propósito de vida?  
  • As quatro linguagens usadas para descrever o mundo espiritual nas fontes, as diferenças entre elas e seu significado.  

Lei de Raiz e do Ramo  

De acordo com a lei de raiz e do ramo:  

  • cada "ramo" neste mundo tem sua própria "raiz" única e especial da qual desce para este mundo.  
  • raiz = causa; ramo = consequência.  
  • O mundo das raízes = o mundo espiritual  
  • O mundo dos ramos = o mundo físico.  

A linguagem dos ramos que aparece nos livros de Cabala descreve as raízes espirituais enquanto usa os nomes dos "ramos" no nosso mundo

Quando nos deparamos com palavras que nos são familiares do nosso quotidiano nos livros de Cabala, devemos lembrar-nos que elas estão direcionadas às raízes espirituais e não ao que está a acontecer no nosso mundo.

Lição 5: O Poder Espiritual inerente aos Livros de Cabala Autênticos


“O prazer é apenas a equivalência de forma com o Criador. Quando nos igualamos em cada conduta, com a nossa Raiz,  sentimos deleite.”
Baal HaSulam, Matan Torá

“A Sabedoria da Cabala não menciona nada do nosso mundo corpóreo.”
Baal HaSulam, A Liberdade

“Não há um elemento da realidade ou um acontecimento da realidade num mundo inferior sem que se encontre um semelhante no mundo acima dele, tão idêntico quanto duas gotas de água. E são chamados de ‘raiz e ramo’.
Isso significa que o elemento no mundo inferior é considerado um ramo do seu padrão que se encontra no mundo mais elevado, que é a raiz do elemento inferior, pois é lá que esse elemento do mundo inferior foi moldado e criado.
Essa foi a intenção dos nossos sábios quando disseram: “Não há uma folha de erva abaixo que não tenha a sorte e um guardião acima que a encoraja e lhe diz: ‘Cresce!’” Baal HaSulam, A Essência da Sabedoria da Cabala


Se vivemos num mundo de resultados,
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Esta sabedoria não é nem mais nem menos do que uma sequência de raízes que descem por meio de causa e efeito, seguindo leis fixas e determinadas, que se entrelaçam num objetivo único e exaltado descrito como 'a revelação da Sua Divindade às Suas criaturas neste mundo.'" Baal HaSulam, A Essência da Sabedoria da Cabala


Quatro Linguagens na Sabedoria da Cabala

  • A linguagem da Bíblia, os seus nomes e denominações.
  • A linguagem da Halacha (leis). Esta linguagem é muito próxima da linguagem da Bíblia.
  • A linguagem das lendas, que está muito distante da Bíblia, uma vez que não considera a realidade. São atribuídos a esta linguagem nomes e denominações estranhas, e ela também não se relaciona com os conceitos através da raiz e do seu ramo.
  • A linguagem das Sefirot e Partzufim. - A linguagem mais precisa e técnica usada para descrever estruturas espirituais.

Os Cabalistas acerca da Torá
E o seu significado

“A Torá que é Sabedoria Divina, não possui em si nada físico.” O Maharal de Praga, "Derech Haim".
 

“A Torá é espiritualidade.” Rabi Nachman of Breslov, Likutei Moharan, 1

“Os segredos da Torá revestem-se em parábolas e enigmas na Torá devido à extensão da Torá e à sua degradação do nível mais elevado até este mundo terreno.” — Ramak, Conhece o Deus de Teu Pai, 14 

“Rabi Shimon disse: 'Ai daquele que diz que a Torá vem contar histórias literais. Contudo, todas as palavras da Torá possuem coisas superiores e significados sublimes.' —  O Livro do Zohar


A Linguagem da Bíblia
A linguagem da Bíblia é a linguagem primária e rudimentar, perfeitamente adequada à sua função, pois, na sua maior parte, contém uma relação de raiz e ramo e é a linguagem mais fácil de compreender. Esta também é a linguagem mais antiga, atribuída a Adam HaRishon.

Esta Linguagem tem duas vantagens e uma desvantage,:

1ª Vantagem: É fácil de entender, e até mesmo principiantes na realização compreendem imediatamente tudo o que precisam.
2ª Vantagem: Esclarece os assuntos de forma mais ampla e profunda do que todas as outras linguagens.
Uma desvantagem: Não pode ser usada para discutir questões específicas ou conexões de causa e efeito, pois cada assunto precisa ser esclarecido de forma completa.

Nota: A linguagem das orações e bênçãos é retirada da linguagem da Bíblia.
Baal HaSulam, O Ensino da Sabedoria da Cabala e a Sua Essência

A Linguagem da Bíblia
“No princípio, Deus criou os céus e a terra.”

Duas forças: o desejo de doar e o desejo de receber - o ego.
A criatura utiliza ambas as forças, e não apenas uma delas, para alcançar o nível do Criador.


A Linguagem da Halacha (Leis)
Esta linguagem é retirada na totalidade da linguagem da Bíblia, de acordo com as raízes das leis ali presentes.
Possui uma vantagem sobre a Bíblia: detalha muito mais cada assunto e, assim, aponta para as raízes superiores com maior precisão.
Contudo, a sua grande desvantagem em comparação com a linguagem da Bíblia é que é muito difícil de entender.
Baal HaSulam, O Ensino da Sabedoria da Cabala e a Sua Essência

 


 

A Linguagem das Lendas [Haggadah]
A linguagem das lendas é fácil de compreender através das alegorias que se ajustam perfeitamente ao significado pretendido. Numa análise superficial, é até mais fácil de entender do que a linguagem da Bíblia. Contudo, para uma compreensão completa, é uma linguagem muito difícil, pois não se limita a falar em sequências de raiz e ramo, mas apenas em alegorias e com um engenho notável. No entanto, é muito rica na resolução de conceitos abstrusos e peculiares que dizem respeito à essência do nível no seu estado, em si mesmo, os quais não podem ser explicados nas linguagens da Bíblia e das leis.

 



A Linguagem do Livro do Zohar
“Rabi Elazar foi visitar Rabi Yosi, filho de Lakunia, o seu sogro, e Rabi Aba estava com ele. Um homem conduzia os seus burros, ou seja, levava os seus burros.
“Conduzir” significa picar, pois é uma alcunha para o condutor de burros devido ao seu hábito de picar os burros com uma agulha para que andem mais rápido. Rabi Aba disse: “Vamos abrir as portas da Torá, pois agora é o momento e a hora de corrigirmos os nossos caminhos.” — O Livro do Zohar com o Comentário Sulam [Escada], Introdução ao Livro do Zohar, "O Condutor de Burros," Item 74

 


 

A Linguagem dos Cabalistas
A linguagem dos cabalistas é uma linguagem no pleno sentido da palavra: extremamente precisa, tanto em termos de raiz e ramo quanto no que respeita a causa e consequência. Tem o mérito único de poder expressar detalhes subtis sem quaisquer limitações. Além disso, através desta linguagem, é possível abordar diretamente o assunto desejado, sem necessidade de o conectar com o que o precede ou sucede.
No entanto, apesar de todos os méritos sublimes que possui, há uma grande desvantagem: é difícil de alcançar. É quase impossível compreendê-la sem a orientação de um sábio cabalista, e de um Sábio um que compreenda com o seu próprio intelecto. Isto significa que, mesmo aquele que compreende os restantes níveis, de baixo para cima e de cima para baixo, com o seu próprio intelecto, ainda assim não entenderá nada nesta linguagem até que a receba de um sábio que já a tenha aprendido diretamente do seu professor, face a face.

Baal HaSulam, O Ensino da Sabedoria da Cabala e a Sua Essência


“E portanto, os cabalistas encontraram um vocabulário fixo e explicado, suficiente para criar uma linguagem falada excelente. Esta linguagem permite-lhes conversar entre si sobre os assuntos das raízes espirituais nos mundos superiores, apenas mencionando o ramo inferior, tangível, neste mundo, bem definido para os nossos sentidos corpóreos. Os ouvintes compreendem a raiz superior para a qual esse ramo corpóreo aponta, pois está relacionado com ela como sendo  o seu reflexo.” — Baal HaSulam, A Essência da Sabedoria da Cabala


As Dez sefirot

  1. Keter 
  2. Hochma
  3. Bina
  4. Hesed
  5. Gevura
  6. Tiferet
  7. Netzach
  8. Hod
  9. Yesod
  10. Malchut

O Estudo das Dez Sefirot, Observação Interior, capítulo 2:

“Aquilo que emerge no acoplamento por golpe (Zivug de-Hakaa) no Rosh[Cabeça] é discernido apenas no Guf [Corpo]. A expansão até Malchut é considerada como sendo de Peh [Boca] até ao Tabur [Umbigo], e a rejeição de Malchut é considerada como sendo de Tabur [Umbigo], para baixo.”
Item 16: Devem entender que não temos qualquer percepção nas dez Sefirot do Rosh. Isto acontece porque elas são o estado de Ein Sof, e tudo o que discernimos nas dez Sefirot do Rosh[Cabeça] é apenas a sua expansão para o Guf [Corpo], sendo o superior estudado a partir do inferior.
Dizemos que a luz superior se expandiu até Malchut e o masach [tela] no kli [vaso] de Malchut embateu na luz e não deixou que ela entrasse no kli [vaso] de Malchut, empurrando-a para trás, e essa luz refletida revestiu as dez Sefirot de luz direta.”
— Baal HaSulam, O Estudo das Dez Sefirot, Parte 4, Observação Interior, Capítulo 2, Item 16
 

“Estou contente por ter nascido numa tal geração em que é permitido revelar a sabedoria da verdade. E se perguntarem como sei que é permitido, respondo que é porque me foi dada permissão para revelá-la. [...]
Consideramos isso como dependente não da grandeza do sábio, mas do estado da geração.” — Baal HaSulam, O Ensino da Cabala e Sua Essência
 


Alcançando os Mundos Superiores: Um Guia para a Descoberta Espiritual
No final da tarde, em setembro de 1991, um caderno foi entregue a Michael Laitman, contendo as transcrições de um dos maiores cabalistas de todos os tempos. Durante milhares de anos, os segredos da Cabala foram protegidos dos olhos de estranhos, sendo revelados apenas em certos momentos. Chegou o momento de desvendar os segredos que fornecem a resposta à pergunta que todos os homens, em todos os tempos, se fizeram: ‘Qual é o significado da minha vida?’

 

Cabala Revelada: Um Guia para uma Vida Mais Pacífica
Cabala Revelada: Um Guia para uma Vida Mais Pacífica é um guia claro e acessível para compreender o mundo ao nosso redor enquanto se alcança a paz interior.
Cada um dos seis capítulos deste livro está focado num aspecto diferente da antiga sabedoria da Cabala, lançando uma nova luz sobre um ensino que tem sido muitas vezes envolto em mistério e equívocos.