Lição Encontro Local #32 - Continuação do Curso de Dezenas e artigo "A Liberdade"

Encontro Local #32 - Continuação do Curso de Dezenas e artigo "A Liberdade"

Esta semana, continuaremos o estudo a partir de textos cabalísticos autênticos em grupo, particularmente na quinta semana de "A Liberdade" por Rabino Yehuda Leib Ha-Levi Ashlag (Baal HaSulam). Para além disso, vamos recordar e trabalhar os temas discutidos no "Curso do trabalho prático nas Dezenas".

Conteúdo da Lição
Materiais

Na primeira parte da reunião local, voltaremos novamente a um ponto-chave do artigo: 

Escolher continuamente "o Ambiente Certo"

Na segunda parte, vamos trabalhar num tema central no "Curso Prático de Trabalho na dezena":

Propósito da Sociedade

Encontro Local

"A Liberdade"


Esta semana continuamos tanto no "Prático de Trabalho na dezena" como na leitura das clarificações de Baal HaSulam relativamente à liberdade de escolha no artigo "A Liberdade".

Como mencionamos antes, Baal HaSulam escreveu extensivamente para ajudar os alunos a atingirem o propósito da criação - alcançar a equivalência de forma com as qualidades do Criador (amor e doação). Esta semana focaremos em escolher continuamente "o ambiente certo".

No encontro local, iremos ler alguns excetor do artigo e depois tentar entender o que está a acontecer no texto, seguido de outra leitura e discussões em conjunto sobre os tópicos.

Além disso, faremos um ou dois workshops sobre o tema do "Curso Prático de Trabalho na dezena".


"A Liberdade"

Rav Yehuda Ashlag, Baal HaSulam

Fatores Externos

A quarta razão refere-se a uma conduta de causa e efeito que afeta a origem através de elementos totalmente alheios a ela, e opera sobre ela a partir do exterior. Isto significa que esses elementos não estão de forma alguma relacionados com o processo de crescimento da origem para a afetar diretamente. Em vez disso, operam de forma indireta. Por exemplo, as questões financeiras, os encargos ou os ventos, entre outros, seguem a sua própria ordem de estados lenta e gradual, através de "causa e efeito", que alteram os conceitos do homem para melhor ou para pior.
Assim, estabeleci os quatro fatores naturais que explicam que cada pensamento e ideia que surge em nós são apenas os seus frutos. Mesmo que alguém se dedique a contemplar algo durante todo o dia, não será capaz de adicionar ou alterar o que esses quatro fatores lhe proporcionam. Qualquer acréscimo que se possa fazer será apenas em quantidade: quer seja um intelecto elevado ou modesto. Contudo na qualidade não consegue acrescentar nada. Isto deve-se ao facto de serem esses fatores que determinam de forma compulsiva a natureza e a forma da ideia e da conclusão, contra a nossa vontade, sem pedir a nossa opinião. Assim, estamos nas mãos destes quatro fatores, como o barro nas mãos do oleiro.


Discussão Aberta

O que entende por "Escolher continuamente um bom ambiente?


Livre-Arbítrio

No entanto, ao examinarmos estes quatro fatores, verificamos que, embora a nossa força não seja suficiente para enfrentar o primeiro fator, a origem, temos ainda assim a capacidade e o livre-arbítrio para nos protegermos dos outros três fatores, pelos quais a origem muda nas suas partes individuais e, por vezes, até na sua parte geral, através do hábito, que lhe confere uma segunda natureza, como explicado anteriormente.


O Ambiente como um Fator

Essa proteção significa que podemos sempre fazer escolhas no que diz respeito ao ambiente que nos rodeia, como os amigos, os livros, os professores, e assim por diante. É como uma pessoa que herdou algumas espigas de trigo do seu pai. Com esta pequena quantidade, ela pode cultivar muitas dezenas de espigas através da escolha do ambiente para a sua origem, que é um solo fértil contendo todos os minerais e matérias-primas necessários para nutrir o trigo abundantemente.
Há também a questão do trabalho de melhorar as condições do ambiente para se ajustarem às necessidades da planta e do crescimento, pois o sábio fará bem em escolher as melhores condições e terá sucesso. Já o insensato vai aceitar o que lhe surgir pela frente e, assim, transformará a sementeira numa maldição ao invés de uma bênção.
Assim, todo o louvor e espírito dependem da escolha do ambiente no qual se semeia o trigo. Contudo, uma vez semeado no local selecionado, a forma definitiva do trigo é determinada de acordo com a medida em que o ambiente é capaz de providenciar.
O mesmo acontece com o nosso tema, pois é verdade que o desejo não tem liberdade. Pelo contrário, é operado pelos quatro fatores mencionados anteriormente. E uma pessoa é compelida a pensar e a examinar conforme esses fatores sugerem, privados de qualquer força para criticar ou mudar, tal como o trigo semeado no seu ambiente.
No entanto, existe liberdade para que a vontade, inicialmente, escolha tal ambiente, tais livros e tais guias que lhe transmitam bons conceitos. Se alguém não o faz, mas se dispõe a entrar em qualquer ambiente que lhe surja ou a ler qualquer livro que lhe caia nas mãos, vai acabar inevitavelmente por cair num ambiente nocivo ou desperdiçar o seu tempo com livros inúteis, que são abundantes e mais acessíveis. Consequentemente, será levado a conceitos errados que o farão pecar e condenar-se. Certamente será punido, não pelos seus pensamentos ou atos maus, nos quais não tem escolha, mas porque não escolheu estar num bom ambiente, pois nisso existe, sem dúvida, uma escolha.
Portanto, aquele que se esforça continuamente por escolher um ambiente melhor é digno de louvor e recompensa. Mas também aqui, não pelo mérito dos seus bons pensamentos ou atos, que lhe surgem sem a sua escolha, mas pelo esforço em adquirir um bom ambiente, que lhe proporciona esses bons pensamentos e ações. Como disse o Rabi Yehoshua Ben Perachya: “Faz para ti um Rav e compra para ti um amigo.”


Discussão Aberta

Como experiencia o benefício de estudar Cabala no ambiente do Curso Global?


Perguntas para Workshop

1) Por que ler em conjunto é tão importante para realizar o propósito da criação?

2) O que nos ajuda a ver os méritos dos amigos?


Até à Próxima Semana