Lição #25. Através de Ascensões e Descidas – Rumo a Um Novo Passo no Caminho
Lição #25 | Através de Ascensões e Descidas – Rumo a Um Novo Passo no Caminho
Excertos Selecionados das Fontes
1. RABASH, Artigo Nº 34 (1988), "O Que São Dia e Noite no Trabalho?"
A pessoa deve saber que precisa de sentir o que é a escuridão, ou não poderá deleitar-se com a luz, pois em tudo aquilo em que deseja sentir algum sabor, para avaliar se vale a pena usar, deve aprender uma coisa a partir da outra, como está escrito: “como a vantagem da luz que vem do interior da escuridão”. Da mesma forma, uma pessoa não pode apreciar o descanso a menos que conheça o que é a fadiga.
Por esta razão, a pessoa deve passar por um processo de ascensões e descidas. Contudo, não deve deixar-se impressionar pelas descidas. Pelo contrário, deve esforçar-se para não fugir da campanha. Por isso, embora durante o trabalho deva saber que se trata de duas coisas, no final do trabalho vê que a luz e a escuridão são como duas pernas que conduzem a pessoa ao objetivo.
2. RABASH, Artigo Nº 22 (1989), "Quais São as Quatro Perguntas que Fazemos Especificamente na Noite de Pesach [Páscoa Judaica]?"
Não sabemos como apreciar a ascensão. Ou seja, não entendemos o valor de um único momento de ter o poder de acreditar no Criador, e de ter alguma sensação da grandeza do Criador. Num estado de ascensão, desejamos anular-nos perante Ele sem rima nem razão, como uma vela diante de uma tocha. Naturalmente, não podemos desfrutar do facto de o Criador nos ter aproximado e nos ter dado alguma proximidade, da qual deveríamos tirar a alegria e a exaltação que isso nos deveria trazer. Mas como não temos a importância para o apreciar, só podemos desfrutar de acordo com a importância [...].
É por isso que nos foram dadas as descidas: para podermos aprender a importância das ascensões, como está escrito, “como a vantagem da luz sobre a escuridão”. Especificamente através das descidas, a pessoa pode vir a conhecer e apreciar as ascensões.
3. RABASH, Artigo Nº 6 (1989), "O que é o ‘acima da razão’ no trabalho?"
Durante o trabalho, a pessoa deve dizer: “Se eu não for por mim, quem será por mim?” Nesse momento do trabalho, eles pensam que são eles próprios quem realiza as ascensões e as descidas, que são homens de guerra, chamado Tzava, «homens valentes». Depois, quando são redimidos, alcançam que o Senhor é dos Exércitos [Tzevaot], ou seja, que o Criador causou todas as ascensões e descidas que experienciaram.
Ou seja, até as descidas provêm do Criador. A pessoa não enfrenta tantas ascensões e descidas sem motivo. Pelo contrário, o Criador provocou todas essas saídas. Podemos interpretar “saída” como “afastamento da Kedusha [santidade]”, e Ba [vem] como “chegada à Kedusha”. O Criador faz tudo.
4. Baal HaSulam, Shamati, Artigo Nº 172, "A Questão das Prevenções e dos Atrasos”
Todas as prevenções e atrasos que surgem diante dos nossos olhos são apenas uma forma de aproximação, que o Criador deseja trazer-nos para mais perto, e todas essas prevenções trazem-nos apenas aproximação, pois sem elas não teríamos qualquer possibilidade de nos aproximarmos d’Ele. Isto acontece porque, por natureza, não há maior distância do que aquela que existe entre nós e o Criador, já que somos feitos de substância pura, enquanto o Criador está acima de tudo. Apenas quando a pessoa começa a aproximar-se é que começa a sentir a distância que nos separa. E cada prevenção que a pessoa supera torna o caminho mais curto para essa pessoa.
5. RABASH, Artigo Nº 6 (1990), "Quando Se Deve Usar o Orgulho no Trabalho?"
A pessoa deve estar atenta a isto e acreditar que o Criador a está a cuidar dela e que a conduz pelo caminho que leva ao palácio do Rei. Conclui-se que deve alegrar-se por o Criador cuidar dela e lhe dar as descidas também. Ou seja, a pessoa deve acreditar, tanto quanto possa compreender, que o Criador lhe dá as ascensões, pois, certamente, a pessoa não pode dizer que é ela própria quem alcança as ascensões, mas sim que o Criador deseja aproximá-la; é por isso que Ele lhe dá as ascensões.